Sindcop cobra das coordenadorias divulgação dos critérios de imunização dos policiais penais

Diretores do Sindcop constataram que os servidores que estão de licença médica e os que aguardam a publicação da aposentadoria, não serão imunizados contra a Covid-19. O sindicato cobrou uma posição das coordenadorias.

Carlos Vítolo

Imprensa Sindcop

Com o início da imunização dos policiais penais contra a Covid-19, nesta segunda-feira (5), o Sindcop recebeu diversas reclamações em relação aos critérios adotados pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

Apesar do início da vacinação, a SAP não divulgou detalhes da imunização aos servidores, o que gerou muitas reclamações recebidas pelo Sindcop durante todo o dia.

Um comunicado publicado no site da secretaria apenas apontou que a imunização vai contemplar os profissionais que estão na linha de frente de atuação e que “todos devem procurar sua unidade de lotação para obter informações e sanar dúvidas sobre a vacinação”, descreveu o texto. Segundo a SAP, as doses são aplicadas pelas equipes de saúde dos 178 presídios em mais de 30 mil servidores. Ao todo, segundo o governo, 180 mil profissionais da segurança pública serão imunizados.

Diante das reclamações dos servidores em relação à falta de orientações e informações, o Sindcop solicitou das coordenadorias das unidades prisionais, por meio de ofício, a divulgação dos detalhes sobre a imunização.

Diretores do Sindcop estiveram durante o dia apurando a vacinação nas unidades e constataram que os servidores que estão de licença médica não serão imunizados contra a Covid-19.

Também não serão vacinados contra a doença aqueles servidores que aguardam a aposentadoria e que esperam pela publicação no Diário Oficial do Estado (DOE).

No entanto, diretores do Sindcop apuraram denúncia apontando que, embora esses servidores não tenham sido enquadrados nos critérios do governo para a imunização contra a Covid-19, os mesmos teriam recebido os documentos para que assinassem, como se tivessem sido vacinados.

De acordo com o Diretor de Assuntos Jurídicos do Sindcop, Carlos Eduardo Piotto, “o sindicato está apurando se a vacina desses servidores foi contabilizada dentro do número de vacinas destinadas aos profissionais de segurança pública, 180 mil, e que por capricho a SAP não vacinou”, explicou. O diretor do Sindcop destacou que o sindicato ainda não tem essa informação confirmada.

O Sindcop também constatou que servidores lotados nas coordenadorias, e que não são agentes penitenciários, também não foram vacinados. O sindicato recebeu denúncias de que servidores que têm contato direto e que fazem o transporte de presos, também não estão sendo imunizados.

“O sindicato segue apreensivo na luta, buscando mais informações durante o resto da semana, para que todos os servidores sejam vacinados, sem exceção”, afirmou Piotto.  

No ofício encaminhado às coordenadorias, o Sindcop questiona os critérios que estão utilizados para a vacinação e que não foram devidamente divulgados. O Sindcop quer saber da SAP se todos os servidores da pasta serão vacinados nessa fase, inclusive, os lotados nas coordenadorias. Caso a resposta seja negativa, o sindicato cobra uma justificativa e quais os motivos.

Além dos policiais penais (agentes de segurança penitenciária e de escolta e vigilância penitenciária), estão sendo vacinados policiais civis, militares, técnicos, bombeiros, guardas municipais, policiais federais e rodoviários federais que atuam no estado.

Para agilizar a vacinação na unidade prisional, os servidores devem fazer um cadastro prévio no site https://vacinaja.sp.gov.br. O cadastro não é obrigatório.