Sindcop recebe denúncia de devolução de vacinas não aplicadas em servidores

Carlos Vítolo

Imprensa Sindcop

O Sindcop recebeu denúncias sobre a possível devolução de vacinas contra a Covid-19, e que não foram aplicadas nos servidores do sistema prisional. Até o momento, o sindicato não conseguiu confirmar tal informação.

O Diretor de Assuntos Jurídicos do Sindcop, Carlos Eduardo Piotto, levantou a informação de que as doses da vacina que não são utilizadas, não permanecem nos municípios, mas são devolvidas aos Departamentos Regionais de Saúde (DRS), que em seguida encaminham de volta a São Paulo.

De acordo com Piotto, o Sindcop vai pedir esclarecimentos à Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), sobre o fato de que muitos servidores ainda estão sem a imunização e, mesmo assim, segundo as denúncias, as doses teriam sido devolvidas ao governo.

Na semana passada, com o início da vacinação dos servidores da segurança pública, diante das inúmeras reclamações dos servidores sobre a falta de clareza e orientações sobre a imunização, o Sindcop solicitou das coordenadorias das unidades prisionais, por meio de ofício, a divulgação de todos os detalhes para o esclarecimento dos funcionários das unidades prisionais.

O sindicato questionou sobre a vacinação dos servidores que se encontram de licença médica e se, ao retornarem ao trabalho, serão imunizados. Em resposta ao Sindcop, a coordenadora de Saúde, Solange Aparecida Goncalves de Medeiros Pongelupi, disse que “após retorno da licença médica, poderão ser vacinados, na rede pública”.

De acordo com uma reportagem do Jornal da Cidade Bauru, a SAP informou que “encaminhará uma listagem com os servidores nestas condições à Secretaria da Saúde. Assim, esses profissionais, quando retornarem ao serviço, deverão se dirigir aos postos da rede pública de saúde para realizar a vacinação”.

Outra questão levantada pelo Sindcop é se os servidores afastados, e que pertencem aos grupos de risco, deverão voltar a trabalhar imediatamente ou somente após tomarem a segunda dose da vacina, considerando o prazo necessário para a eficácia da vacina. Conforme a coordenadora, essa questão não é possível responder, e que “qualquer decisão sobre o assunto deve ser pautada no que reza a ciência”.

No primeiro dia de vacinação dos servidores, diretores do Sindcop estiveram em unidades prisionais de Bauru e região, e constataram também que servidores lotados nas coordenadorias, e que não são agentes penitenciários, não foram vacinados.

As denúncias apontaram ainda que os servidores que têm contato direto e que fazem o transporte de presos, não estão sendo imunizados. Em resposta ao Sindcop, de forma muito ampla, a coordenadora de Saúde disse que “a vacinação Covid-19, nessa primeira etapa, vai contemplar os profissionais que estão na linha de frente de atuação nas unidades prisionais”. O Sindcop vai continuar apurando informações sobre as denúncias recebidas.

De acordo com Piotto, o sindicato segue apreensivo na luta, buscando informações para que todos os servidores sejam vacinados, sem exceção.

Para agilizar a vacinação na unidade prisional, os servidores devem fazer um cadastro prévio no site https://vacinaja.sp.gov.br. O cadastro não é obrigatório.