Presos iniciam motins em diversas unidades do estado com fugas em massa

Situação ocorreu após a suspensão da saída temporária da Páscoa como forma de contenção do Coronavírus

Foto do CPP de Tremembé na noite desta segunda-feira.

Carlos Vitolo e Lucas Mendes – Matéria em atualização

Presos de São Paulo iniciaram motins em unidades prisionais e fugas em massa na noite desta segunda-feira (16). 

Até o momento foram registrados tumultos na Penitenciária de Mirandópolis, interior paulista, no Centro de Ressocialização (CR) de Sumaré, no Pemano em Tremembé, Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz e no CPP de Mongaguá, no litoral de São Paulo.  A matéria será atualizada conforme confirmação de novas informações.

O movimento dos presos se deu por conta da suspensão da saída temporária da Páscoa. A Corregedoria Geral de Justiça atendeu pedido da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) para suspender a saidinha como forma de prevenção e contenção da pandemia do novo coronavírus (Covid 19).

Em Mongaguá, funcionários da unidade foram feitos reféns na portaria e, em seguida, cerca de 400 detentos empreenderam fuga. Por enquanto, não há informações de funcionários feridos e a polícia trabalha na negociação para liberar os servidores. As Polícias Militar, Rodoviária, Civil e um helicóptero Águia fazem buscas para recapturar os detentos.  

Na unidade de Sumaré o tumulto já foi controlado. Houve evasão de 7 reeducandos e agressão a um funcionário, que passa bem.

Em Tremembé não há número oficial de presos que fugiram. 64 tinham sido recapturados até o final da noite. Houve bombas e tiros e o presos inecndiaram colchões no pátio da unidade. Várias viaturas da Polícia Militar permanecem no local e trabalham na recaptura dos fugitivos. Não há informações sobre reféns.

Em Mirandópolis não há informação de fugas ou de reféns. A Secretaria da Administração Penitenciária informou que 16 reeducandos participaram da ação e atearam fogo aos seus pertences. A situação já foi controlada pelo GIR e os presos foram contidos. Corpo de Bombeiros faz agora o rescaldo na unidade.  

No Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Porto Feliz, durante a rebelião, parte dos presos fugiu. Os que permaneceram na unidade promoveram quebra-quebra e queima de colchões. Polícia Militar e Guarda Civil Municipal estão no local. Não há informações sobre reféns.

Durante a noite, houve forte policiamento no Complexo Campinas-Hortolândia. Até o momento, tudo sob controle.

CPP 1 e CPP 2 de Bauru, CPP Rio Preto, Penitenciária de Taquarituba e unidades de Pirajuí estão em situação normal até o fim desta noite.

Devido ao acontecido nesta segunda, não há previsão para que presos do regime semiaberto saiam para o trabalho a partir de amanhã.

Diretores e representantes do SINDCOP estão acompanhando a situação junto a servidores das unidades em todo estado de São Paulo e mantendo contato com os funcionários e filiados nas unidades. 

O SINDCOP alerta todos os funcionários do sistema preisional para atentados. Recebemos informações ainda não confirmadas de dois ataques contra servidores que ocorreram na Grande São Paulo.

Nota da SAP (18/03 – 8h)
Intervenção rápida coloca fim a rebelião
Grupo de Intervenção Rápida controlou a situação nos presídios e 645 presos foram recapturados pela Polícia Militar

A Secretaria da Administração Penitenciária informa que hoje, 18, houve nova atualização no número de presos foragidos recapturados dos Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, Tremembé e Porto Feliz onde houve evasão de presos e ato de insubordinação devido à suspensão da saída temporária, que ocorreria nesta terça-feira (17). Todas as unidades abrigam apenas presos em regime semiaberto, que é o preso que tem a possibilidade de sair para trabalhar ou estudar durante o dia e retornar, e que por lei tem direito a cinco saídas temporárias por ano.

Números recapturados e evadidos atualizados
Mongaguá 206 – 563
Tremembe 116 – 218
Porto Feliz 323 – 594

1.375 fugitivos
645 recapturados
Não houve evadidos em Mirandópolis

O Grupo de Intervenção Rápida controlou a situação nos presídios de forma imediata. Até às 8h desta quarta-feira (18), 645 presos foram recapturados pela Polícia Militar com apoio de agentes de segurança penitenciária.
Saída temporária suspensa
A medida foi necessária, pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados.

Nota da SAP (17/03 – 10h)

Intervenção rápida coloca fim a rebelião
 
Grupo de Intervenção Rápida controlou a situação nos presídios e 517 presos foram recapturados pela Polícia Militar
 
A Secretaria da Administração Penitenciária informa que a situação foi controlada nos Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, Tremembé e Porto Feliz, além da ala de semiaberto da Penitenciária I de Mirandópolis, onde houve evasão de presos e ato de insubordinação devido à suspensão da saída temporária, que ocorreria nesta terça-feira (17).  Todas as unidades abrigam apenas presos em regime semiaberto, que é o preso que tem a possibilidade de sair para trabalhar ou estudar durante o dia e retornar, e que por lei tem direito a cinco saídas temporárias por ano.
O Grupo de Intervenção Rápida controlou a situação nos presídios de forma imediata. Até às 10h00 desta terça-feira (17), 517 presos foram recapturados pela Polícia Militar com apoio de agentes de segurança penitenciária. A SAP realiza a contagem para determinar o número exato de fugitivos.
 
Saída temporária suspensa
A medida foi necessária, pois o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, teriam elevado potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados.
 
Recapturados por unidades:
Mongaguá – 184
Tremembé – 82
Porto Feliz – 251

Não houve evadidos em Mirandópolis

Nota da SAP (16/03 – 20h49)

Segundo informado pela Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, estão ocorrendo nesta segunda-feira (16) atos de insubordinação nos Centros de Progressão Penitenciária de Mongaguá, Tremembé e Porto Feliz, além da ala de semiaberto da Penitenciária II de Mirandópolis.

O motivo seria a suspensão da saída temporária, que ocorreria nesta terça-feira (17). Tanto o Grupo de Intervenção Rápida (GIR) como a Polícia Militar do Estado de SP foram acionados e estão cuidando da situação.

A suspensão foi necessária porque o benefício contemplaria mais de 34 mil sentenciados do regime semiaberto que, retornando ao cárcere, poderiam elevar o potencial para instalar e propagar o coronavírus em uma população vulnerável, gerando riscos à saúde de servidores e de custodiados.

A SAP informa que ainda está realizando a contagem para determinar o número exato de fugitivos.