SINDCOP oficia SAP por tortura e tentativa de homicídio sofridas por policial penal

Fatos aconteceram na penitenciária de Guariba dia 25 de fevereiro

Representantes do SINDCOP estiveram dia 26 de fevereiro na penitenciária de Guariba.



O SINDCOP protocolou um ofício na Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), na última sexta-feira (28), pedindo providências sobre as torturas e tentativa de homicídio sofridas por uma policial penal da penitenciária feminina de Guariba.

Para o sindicato, a gravidade dos fatos mostra a total falta de segurança para o exercício do trabalho dos funcionários na unidade.

No pedido, o sindicato requer a abertura de procedimento administrativo para a apurar os fatos e averiguar eventual negligencia por parte de autoridades administrativas da unidade prisional.

O SINDCOP também reitera que seja providenciada a adequação no número de servidores da unidade para que todos possam trabalhar com segurança e eficiência.

Tortura e tentativa de homicídio

No dia 25 de fevereiro uma servidora da penitenciária feminina de Guariba foi violentamente agredida e torturada por cinco presas durante cerca de 4 horas. A ação caracteriza tentativa de homicídio.

Um dia depois, representantes do SINDCOP visitaram a unidade e conversaram com funcionárias.

O sindicato tomou conhecimento que a agressão era um “fato anunciado” e de pleno conhecimento dos responsáveis pela unidade, que “mesmo assim, permitiram sua ocorrência colocando em risco de morte uma servidora do sistema prisional”.

O ofício expõe que as armas e objetos utilizados para a tortura e agressão eram artesanais e confeccionados dentro da penitenciária.

De acordo com o sindicato, a situação demonstra a fragilidade da disciplina e segurança da unidade devido ao número de servidores “violentamente reduzido”.

“A falta de funcionários tem se mostrado como um problema generalizado no sistema e, se mostra grave na Unidade em questão vez que, inúmeras são as convocações para serviços extras, sem a devida compensação ou remuneração ou inclusão no Dejep (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Penitenciário)”.