A não privatização do sistema, mais contratação de funcionários e o apoio ao Iamspe foram os pontos levantados pelo sindicato
O SINDCOP participou na última sexta-feira (09) de uma das audiências públicas para discutir o orçamento do Estado para 2020. A atividade ocorreu na Câmara Municipal de Bauru, e contou com a presença de vereadores e políticos da cidade e região.
Organizadas pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), as reuniões vão ocorrer em 19 cidades.
Representando o SINDCOP, Carlos Roberto Romacho e Amauri Horne levaram as demandas dos servidores penitenciários aos deputados Dirceu Dalben (PL) e Castello Branco (PSL), que presidiram a audiência.
Romacho, que fez uma fala durante a audiência, pediu o auxílio dos deputados para barrar o projeto do governador João Doria (PSDB) de privatizar o sistema penitenciário paulista.
Além disso, Romacho alertou os deputados sobre a falta de funcionários nos presídios do Estado e a necessidade da nomeação de mais servidores.
“O Estado de São Paulo está com 240 mil presos e estamos com uma falta de efetivo de 15 mil funcionários”, pontuou.
O Iamspe (Instituto de Assistência Médica do Servidor Público Estadual) também fez parte das reivindicações. Romacho cobrou o pagamento da contrapartida do Estado para manter o instituto, na mesma proporção do valor descontado dos servidores: 2% do salário.
“Necessitamos dos 2% do Iamspe. Este ano já tivemos 15 suicídios de agentes penitenciários. É falta de responsabilidade e assistência do nosso governo. O trabalhador está cada dia mais sem assistência do governo”, finalizou.
Segundo informou o deputado Dalben, a previsão para o orçamento de São Paulo em 2020 é de R$ 231 bilhões. Deste total, o que sobra para investimentos (descontados os gastos obrigatórios e a folha salarial dos servidores) vai girar em torno de R$ 16 bilhões.