Plenária foi realizada na Câmara Municipal de São Paulo
Inês Ferreira
Representantes de centrais sindicais e de sindicatos e associações de servidores públicos participaram no último dia 11, do lançamento da Frente Paulista em Defesa da Previdência Social. Diretores do SINDCOP estiverem presentes. Entre eles, Carlos Neves que falou em nome dos servidores penitenciários.
Neves lembrou a ação dos cerca de 170 servidores de segurança penitenciaria que invadiram a Comissão Especial da Previdência, em maio de 2017.
Segundo ele, se não fosse essa invasão a Reforma da Previdência teria sido aprovada pela comissão, naquele dia.
“Não estávamos lá para defender nosso lado, mas o povo brasileiro”, disse ele.
Conforme Neves a Reforma da Previdência (PEC 6) não é uma reforma, mas “um assassinato de direito, assassinato do que foi construído”.
Ele ainda disse que, se os servidores pararam a reforma por 15 dias, os sindicatos colocaram 120 mil pessoas na frente do Congresso Nacional e ainda abriram caminho durante cinco horas para enfrentar os que tentaram desmobilizar o movimento, em 2017, é possível levar essas pessoas novamente a se mobilizarem.
“Não duvidem da força de vocês..Não duvidem de seus sindicatos ”, concluiu.
Cítricas
O presidente da Fessp-Esp (Federação dos Sindicatos dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo) Lineu Neves Mazano compôs a mesa do evento ao lado de outros sindicalistas.
Após a apresentação da mesa a palavra foi aberta aos participantes da frente. Todos criticaram a PEC – 6 (Projeto de Emenda à Constituição que prevê a Reforma da Previdência).
O presidente da Associação dos funcionários Públicos do Estado de São Paulo, Álvaro Grandim disse que a frente é uma grande oportunidade para entidades informarem a verdade sobre a Reforma da Previdência.
O discurso do governo sobre a Reforma da previdência forma chamados de mentirosos durante o pronunciamento da maioria dos sindicalistas.
“O governo está investido pesado em mentiras para o povo”.
“Desde o governo de Fernando Henrique estamos assistindo o desmonte do sistema de previdência social. ”
“A PEC 6 não é desmonte, mas a destruição do sistema de segurança nacional. Extinção da assistência social”
Estas foram as principais definições sobre o projeto da reforma.
União
Muitos sindicalistas cobraram união, coesão e mobilização. Uma das alternativas para tentar barrar o projeto foi a apresentação de emendas.
Para o presidente da Fessp-Esp a realização da frente foi um “momento extraordinário que reuniu entidades sindicais, associativas e centrais num momento que exige habilidade e compreensão da real situação que está sendo colocada para os brasileiros.
“ A partir do momento que outras frentes estão sendo lançada em todos os estados e houver a integração nacional juntos poderemos fazer o enfrentamento”, disse ele.
O presidente do Estado de São Paulo da Nova Central, Luíz Gonçalvez (Luizinho), disse que a central está engajada na luta em defesa da Previdência Social, para que esta continue dando o que precisa, principalmente para brasileiros carentes.
Segundo ele, o governo sabe muito bem o que está fazendo e o faz com absoluta retaguarda do imperialismo.
“Estas são as novas formas de exploração do imperialismo e capitalismo, que vieram para subtrair todos os direitos.Estamos vivendo um ataque brutal da classe dominante contra os dominados”, afirmou.
Carmem Brossam, da auditoria Cidadã da Dívida lembrou que o país deve mais de R$ 1 trilhão e que estão tirando dinheiro dos trabalhadores para pagar os bancos.
“Não é mais possível titubear. É preciso pedir uma auditoria do sistema da dívida. Enquanto não fizer isso e destruir esse sistema não vamos conseguir nada”, disse ela.
No final do evento foi redigido um documento intitulado Manifesto Contra a PEC 06/09 e colocado alguns pontos em votação. Todos foram aprovados.
Veja o que foi votado
– Participação na manifestação das centrais no dia 22 de março, a partir das 16 horas, em frente ao MASP (Museu de Arte de São Paulo).
– Participação no ato das Mulheres, no dia 29 de março, a partir das 14 horas, em frente ao INSS em São Paulo.
– Próxima reunião da frente dia 25 de março na ALESP (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) ou audiência pública.
– Participação da reunião da Frente Parlamentar, dia 20 de março em Brasília.
– Apoio a mobilização dos servidores municipais de São Paulo, na luta contra a Reforma Municipal da Previdência e a não retirada de benefícios por causa da greve.