Agentes penitenciários motivaram início de operação conjunta contra facção criminosa

Ação foi deflagrada nesta quinta (14) em 14 estados do país

Lucas Mendes

A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), em parceria com a Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo deram início à operação Echelon na manhã desta quinta-feira, 14. Agentes penitenciários de Presidente Venceslau foram responsáveis por motivar o início das investigações.

O objetivo da ação foi combater uma célula de atuação da organização criminosa paulista que atua em outros estados do país e em países vizinhos.

Dos 75 mandados de prisão decretados, foram cumpridos 63. Alguns, por já se encontrarem presos, tiveram os mandados cumpridos nas respectivas penitenciárias.

Sete lideranças da organização foram enviadas para cumprir pena em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes.

Além das prisões, policiais civis de São Paulo e de outros estados cumpriram 59 mandados de busca e apreensão.

Início das investigações

A partir de fragmentos de manuscritos encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau por agentes penitenciários, a Polícia Civil foi acionada para investigar e, com a identificação técnica de sete líderes de organização criminosa, as investigações policiais avançaram para revelar a existência da célula “Sintonia de Outros Estados e Países”.

Foram 12 meses de investigações policiais para embasar a operação. Os trabalhos revelaram o envolvimento de 103 integrantes em 14 estados: São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Alagoas, Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Roraima, Rondônia, Acre, Amapá e Maranhão.

De acordo com a nota conjunta publicada pelos três órgãos, o “grupo investigado é responsável por acirrar a disputa de facções no país, contabilizando elevado número de mortes (mais de uma centena), de maneira que constitui parte da operação, o compartilhamento inicial de provas sobre 12 homicídios”.

O presidente do SINDCOP, Gilson Pimentel Barreto, ressalta a importância do trabalho do agente penitenciário que, além de sua atuação rotineira, também possibilita e motiva ações de investigação.

“Tudo isso foi possível graças ao empenho e perspicácia dos profissionais do sistema penitenciário paulista. Nossos valorosos colegas de trabalho cumprem com zelo sua profissão, sempre em prol da segurança da sociedade”, disse.

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