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Coordenada pela deputada estadual Clélia Gomes (PHS), frente deverá lutar pelos direitos e reconhecimento da categoria

Reunião de lançamento da frente parlamentar contou com os quatro sindicatos dos servidores penitenciários. Foto: Lucas Mendes/SINDCOP.
Contando com representantes dos sindicatos dos agentes penitenciários e dos agentes de escolta e vigilância, na última sexta, 11, aconteceu o lançamento da Frente Parlamentar em defesa do Agente Penitenciário (FPAP). O auditório “Teotônio Vilela” da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) recebeu a reunião, que terá a coordenação da deputada estadual Clélia Gomes (PHS).
O SINDCOP participa da iniciativa desde a formação da frente, e na solenidade de lançamento da FPAP esteve representado pelos diretores Carlos Roberto Romacho, Amauri Porfirio Horne, Fernando Gonçalves, Rogério Muller e Magno Alexandre Cirino.
Cerca de 40 pessoas estiveram acompanhando a reunião, que contou com uma fala do deputado federal Major Olímpio, criticando duramente a gestão Alckmin (PSDB) no governo do Estado.
“Geraldo Alckmin é um canalha, é o maior inimigo dos agentes do sistema prisional e dos servidores públicos”, disse, ao afirmar que a atividade no sistema prisional é “desesperadoramente preocupante”.

A coordenadora da ação, deputada Clélia Gomes, defendeu os direitos dos servidores e frisou que será a porta-voz das demandas apresentadas. Ela é autora do Projeto de Lei 332/2017, que busca garantir a gratuidade do transporte dos agentes.
“O pensamento que a categoria tem é de que estão há 36 anos batendo, então vamos fazer de forma diferente, e assim vamos chegar onde a categoria quer. Com conversa, com sabedoria, com discernimento”, disse a deputada. “São pessoas que estão morrendo, são famílias desgastadas por conta da profissão. É obrigação do poder público tomar uma atitude, para que as pessoas tenham no mínimo dignidade”, frisou.
Outro que usou a palavra durante a reunião foi Carlos Romacho, do conselho fiscal do SINDCOP. Ele agradeceu a deputada pela iniciativa, mas ressaltou que historicamente foram poucos deputados que ajudaram a categoria.
“A ALESP nos esqueceu, tanto na área médica quanto na profissional”, disse, lembrando que não há atendimento psicológico ou psiquiátrico nas coordenadorias e que atualmente existem poucos funcionários para muitos presos.

Apesar da iniciativa em prol da categoria, o otimismo não era unânime entre os poucos agentes que estavam na reunião. Alguns demonstraram insatisfação com as condições da profissão e colocaram em descrédito a efetividade da frente parlamentar, principalmente devido à proximidade com o período eleitoral de 2018.
Ao todo 28 deputados declararam apoio à frente parlamentar. “Eu tenho certeza que nós não estamos aqui pra brincar com nenhuma dessas pessoas. Estamos aqui para trazer resultados e por isso acredito que temos 28 apoiadores”, destacou Clélia Gomes.