Encontro contou com cerca de 1000 sindicalistas e tirou pont
Encontro contou com cerca de 1000 sindicalistas e tirou pontos estratégicos para ação nos próximos quatro anos

Plenária final do 4º Congresso Nacional da Nova Central Sindical. Foto: Lucas Mendes/SINDCOP.
Por Lucas Mendes
Durante três dias dirigentes de sindicatos de todo o Brasil estiveram reunidos em Luziânia, Goiás, para a construção do 4º Congresso Nacional da Nova Central Sindical, de 26 a 28 de junho. Com palestras, debates e deliberações, o encontro também serviu para eleger a nova diretoria da central, que ficará na gestão pelos próximos quatro anos.
O SINDCOP é sindicato filiado à Nova Central e teve um delegado no congresso, representado pelo presidente, Gilson Pimentel Barreto. Também participou das atividades como observador o diretor Eduardo Blasques.
Com todas atividades feitas no Centro de Treinamento Educacional – CTE, da Confederação Nacional Trabalhadores na Indústria – CNTI, o evento reuniu cerca de 1300 sindicatos do país, 85 federações e 5 confederações. Compuseram o congresso as 24 diretorias estaduais da Nova Central, num total de 914 sindicalistas delegados de suas bases.
O momento político vivenciado no país não passou despercebido durante as atividades. Durante suas falas José Calixto Ramos, presidente da Nova Central, lembrou da importância da Greve Geral (convocada para o último dia 30) e sobre as reformas do governo Temer (PMDB).
“A República ruiu e em meio ao caos querem jogar em nossas costas o ônus por tudo de ruim por que passa o país. Estão orquestrando em várias frentes o desmantelamento do movimento sindical, mas se depender da Nova Central não conseguirão tal intento”, afirmou Calixto.
Formação política
Como forma de disseminar conhecimentos e fortalecer o trabalho de formação, o congresso da Nova Central contou com palestras de especialistas em diversas áreas do conhecimento.
Passaram por lá Maria Lúcia Fattorelli – do movimento pela Auditoria Cidadã da Dívida, Clemente Ganz Lucio – economista e diretor-técnico do Dieese, André Santos – Jornalista e especialista em Política e Representação Parlamentar, Marcio Pochmann, economista e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), além de outros especialistas que participaram das discussões temáticas.
Para organizar os trabalhos, todos os participantes do congresso foram divididos em quatro grupos, cada qual com um eixo temático de discussão: Mundo do trabalho, políticas públicas, sistema político nacional e seguridade social nacional.

Presidente do SINDCOP, Gison Barreto, durante os trabalhos do eixo sobre o sistema político nacional. Foto: Lucas Mendes/SINDCOP.
O SINDCOP esteve presente nos grupos do sistema político nacional e da seguridade social. Cada eixo teve uma mesa para coordenar as discussões, e houve a participação dos trabalhadores com o levantamento de propostas para serem incluídas no documento final do congresso.
Plenária
Depois de todas as propostas terem sido sistematizadas e organizadas, o momento da plenária final reuniu novamente os congressistas para discussão e votação. Cada eixo fez a leitura de seus respectivos relatórios, com um resumo do que foi discutido nos grupos.
Item por item, as propostas foram lidas e poderiam ser aprovadas ou alteradas, mediante “destaques” apresentados no momento da leitura. Ao final, a Nova Central elaborou o documento chamado “Carta de Luziânia”, com uma síntese que foi feito e discutido durante o congresso.
Esse documento servirá de base para o plano de ação da Nova Central para o próximo quadriênio (2018-2021).