Em visita a Bauru, governador também conversou com representante do SINDCOP e se dispôs a agendar uma reunião com o sindicato
Governador Márcio França esteve em visita a Bauru para assinatura de convênios com cidades do centro-oeste paulista. Foto: Inês Ferreira/SINDOP.
Lucas Mendes
Os municípios paulistas que possuem presídios terão direito a uma compensação financeira. Pelo menos essa é a ideia que o governador Márcio França (PSB) revelou na manhã desta terça-feira, 19, durante visita a Bauru.
O momento também serviu de oportunidade para o SINDCOP conversar com o governador Márcio França. Estavam presentes na cerimônia o presidente do SINDCOP, Gilson Pimentel Barreto e o representante Amauri Roberto Horne.

Em meio à agenda de compromissos do governador na região, a assessora de imprensa do sindicato, Inês Ferreira, pôde falar pessoalmente com França, que se comprometeu em definir uma reunião com o sindicato.
No início de junho, o SINDCOP já esteve no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, para uma reunião com Claudio Valverde, secretário da Casa Civil. Na ocasião foi entregue ao secretário uma pauta de reivindicações da categoria.
Projetos
Em visita a Bauru para assinatura de convênios com cidades do centro-oeste paulista, Márcio França explicou que encaminhará para a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) o projeto de lei que incentiva os municípios do estado a receberem presídios.
Conforme ele explicou, o estado vai destinar um percentual do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para as cidades, de acordo com o número de presos de cada uma.
“Cada um que tiver presídio ou CPP na cidade, a gente vai dividir per capita para que as cidades possam ser compensadas”, declarou. Para o governador, “presídio é sempre um incômodo, mas alguém tem que ter”.

Durante a cerimônia, França também comentou sobre o problema da violência no estado. “Se a gente ficar só enxugando gelo, vai cada vez piorando: mais polícia e mais presídio”.
O governador defendeu diversificar medidas de combate à violência, principalmente através da inclusão social. “Nós precisamos encontrar um jeito de fazer com que os meninos de 16, 17, 18 anos, tenham a chance de furar esse bloqueio” disse, referindo-se à atração da criminalidade entre os jovens.
Outro ponto na fala de Márcio França envolvendo o sistema prisional foi sobre a rebelião de presos ocorrida na Penitenciária de Lucélia. Segundo relato do governador, ele não autorizou a entrada de força policial na unidade para preservar a integridade física dos defensores.