REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Dias 19 e 20 de maio sistema prisional nacional vai parar

 Inês Ferreira

Servidores penitenciários de todo o país participarão de uma mobilização nacional nos próximos dias 19 e 20 de maio. Em alguns estados haverá paralisação das atividades, em outros será realizada a “Operação Legalidade”. A decisão caberá aos respectivos sindicatos, conforme a especificidade de cada estado. 

Operação legalidade significa trabalhar conforme os regulamentos da função, exercendo exclusivamente as atribuições legais pertinentes ao agente de segurança penitenciária, não compactuando com desvios de funções.

A decisão foi tomada na tarde de ontem, após uma reunião entre sindicalistas e dirigentes das duas federações que representam servidores penitenciários (Febrasp e Febraspen). A reunião foi realizada em Brasília.

 O presidente do SINDCOP, Gilson Pimentel Barreto participou da reunião junto com outros diretores do SINDCOP. Segundo ele, durante todo o dia os sindicalistas e servidores estiveram analisando os resultados da mobilização da semana passada e as deliberações de hoje, da comissão especial da reforma da Previdência.

“Como não conseguimos incluir o destaque que garantiria aos servidores a aposentadoria especial com 25 anos de serviços, ficou decidido que será encaminhado o destaque para a votação em plenário e que iremos lutar contra a aprovação da PEC 287/16 como um todo”, disse o presidente.

Segundo ele, também ficou decidido que os servidores irão pressionar os deputados federais em suas bases para que votem contra a reforma da Previdência e que nos próximos dias 22 a 24 de maio, os servidores participaram de um grande ato em Brasília. Nesse período está previsto a votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Estado de sítio

Na semana passada servidores penitenciários invadiram a sala de reunião da comissão especial da reforma da Previdência. Por esse motivo a reunião foi cancelada. A continuidade da reunião ocorreu hoje, as portas fechas e vigiadas por seguranças armados. O uso de segurança armada na Câmara foi criticado por diversos deputados. Segundo eles, hoje Brasília estava em estado de sítio.

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