SINDCOP engrossou as fileiras da Greve Geral

Com a presença de diretores e funcionários, sindicato este

Com a presença de diretores e funcionários, sindicato esteve junto da classe trabalhadora em Bauru

Diretores e funcionários do SINDCOP estiveram nos atos em Bauru. Foto: Lucas Mendes/SINDCOP.

Por Lucas Mendes

A sexta-feira, 28 de abril de 2017, começou de um jeito diferente em várias cidades brasileiras. Trabalhadores, sejam servidores públicos ou da iniciativa privada, cruzaram os braços atendendo ao chamado da Greve Geral, convocada como forma de protesto diante das medidas tomadas pelo Governo de Michel Temer (PMDB), como as Reformas Trabalhista e Previdenciária.

Puxado pelas principais Centrais Sindicais brasileiras, os atos não tiveram destaque na “grande” mídia empresarial, seja no dia anterior ou mesmo durante as manifestações. Apesar disso, ainda no começo da noite, o balanço das entidades foi positivo. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), as avaliações preliminares giram em torno de 35 milhões de pessoas que aderiram ao movimento, alcançando a marca histórica da greve geral de 1989.

Em Bauru, logo cedo notou-se que algo iria acontecer, pois os ônibus circulares não saíram das garagens. Com isso, lojas do comércio da região central não abriram, ou tiveram um expediente reduzido. 

O SINDCOP também não abriu nesta manhã. Não houve os tradicionais atendimentos jurídicos nem o apoio oferecido aos filiados. Nesta sexta o expediente foi na rua, e todos dali – diretores, presidente e funcionários, estiveram engrossando a passeata, empunhando as faixas em defesa do agente penitenciário: denunciando as péssimas condições de trabalho e o repúdio às reformas trabalhista e previdenciária. 

Às 9h, em frente à Câmara Municipal, os trabalhadores já tomavam as duas faixas da Avenida Rodrigues Alves, reunindo setores e categorias profissionais distintas, além de vários sindicatos.

Na cidade, o ato da Greve Geral reuniu cerca de 5 mil pessoas, que caminharam pelas ruas do centro durante toda manhã. 

Cruzaram os braços em Bauru os bancários (70% das agências públicas não abriram, segundo o sindicato da categoria), servidores da Justiça do Trabalho, professores da rede estadual de ensino (foram 39 escolas estaduais e municipais paralisadas na cidade, segundo o Coletivo Chão de Giz, grupo que reúne professores).

Os servidores municipais também se mobilizaram. Segundo a Assessoria de Imprensa da Prefeitura, as secretarias da Saúde, Educação e Bem-Estar Social tiveram adesão à greve.

Com paralisações em todo o Brasil, a classe trabalhadora continua mobilizada para os enfrentamentos que virão. A Reforma Trabalhista foi aprovada por 296 votos a 177 na Câmara e foi agora pro Senado. A Lei que possibilita a Terceirização irrestrita já foi sancionada no final de março e a reforma da Previdência continua tramitando na Câmara dos Deputados.

Dando continuidade à organização da categoria do servidor penitenciário, o SINDCOP convida os agentes a participar dos atos que vão ocorrer em Brasília-DF, no dia 3 de maio, contra a inclusão da categoria na reforma da Previdência. Para mais detalhes sobre transporte, acessar: https://www.sindcop.org.br/sindcop/Portugues/noticia/index.php?acao=detalhar&cod=927

Greve mobilizou diversas categorias contra as reformas da Previdência e trabalhista. Foto: Inês Ferreira/SINDCOP.

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