Evento em Brasília contou com a presença de diretores do s
Evento em Brasília contou com a presença de diretores do sindicato
Coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fattorelli junto com representantes do SINDCOP Carlos Romacho e Amauri Horne. Foto: SINDCOP.
O modelo econômico brasileiro é voltado para a concentração de renda e de riqueza, sendo que a dívida pública abocanha quase metade do orçamento governamental. Para discutir esses fatos e a conjuntura política, diretores do SINDCOP participaram, na última terça-feira (11/04), do Conselho Político da Auditoria Cidadã da Divida (ACD) e de uma consulta nacional sobre as reformas do governo Michel Temer, ocorridos em Brasília.
A organização do evento foi da Auditoria Cidadã da Dívida, entidade que se dedica, desde 2001, a realizar estudos, publicações, eventos e atividades para a mobilização da sociedade civil a respeito da auditoria da dívida pública brasileira, interna e externa, federal, estaduais e municipais.
Realizado juntamente com entidades políticas e grupos envolvidos com as questões trabalhistas, o debate aconteceu na sede da ACD, no Edifício OAB. Representando o SINDCOP estiveram lá os diretores Carlos Roberto Romacho e Amauri Horne.
Durante a audiência os diretores também puderam se encontrar com Maria Lúcia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditória Cidadã da Dívida, à frente da entidade desde seu início.
Orçamento da União
Tudo aquilo que o governo federal gasta em um ano está presente no Orçamento Geral da União, no qual fica descrito pra onde vai cada porção de dinheiro.
Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal, compilados pela Auditoria Cidadã da Dívida, 43,94% do orçamento da União executado em 2016 foi destinado ao pagamento de Juros e Amortização da Dívida. O segundo maior gasto do governo é com a Previdência Social, representando praticamente a metade disso: 22,54% dos gastos.
Áreas de uso direto pela população, como saúde, educação, cultura, transporte e saneamento – somadas – não chegam a 10% do orçamento do governo.
Reformas
A situação do país com as reformas propostas pelo governo Temer motiva debates sobre as prioridades nos gastos de recursos públicos e o financiamento dos serviços.
Por conta disso, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil, Auditoria Cidadã da Dívida, sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais e outras organizações lançaram a Consulta Nacional 2017 (disponível AQUI) para ouvir a opinião da população sobre a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista, Privatizações e Auditoria da Dívida Pública.
De acordo com documento lançado para essa consulta, os ataques à previdência vão interferir na vida de mais de 60 milhões de pessoas no Brasil, apesar de ali ainda existir um “volume considerável de recursos”. “Atacam os direitos trabalhistas, para aumentar os lucros e sacrificar a classe trabalhadora; privatizam serviços essenciais e riquezas naturais depois de já terem levado empresas estratégicas, como a Vale, e infraest”.
O portal conta com enquetes sobre o tema e disponibiliza cartilhas e diversos vídeos explicativos sobre as questões importantes no debate público brasileiro atualmente.
PARA SABER MAIS: Folheto “Consulta Nacional sobre reformas e Audioria da Dívida”