SINDCOP no Fórum Social Mundial – morte de vereadora paralisa atividades do evento

Sindicato participa do evento por do ISP, entidade a qual é filiado

Inês Ferreira

Os eventos do Fórum Social Mundial estão paralisados e todos os participantes devem integrar uma marcha contra a violência nas próximas horas, em Salvador, Bahia. A informação é do servidor penitenciário Magno Alexandre Freire Cirino, está no evento representando o SINDCOP.
“O Comitê Gestor do Fórum social Mundial que é composto por várias entidades nacionais e internacionais. Eles se reuniram na parte da manhã de hoje (15) e decidiram suspender todas as atividades. Todos estarão focados numa única questão – o extermínio da população e a questão da criminalidade, por causa do assassinato da companheira vereadora Marielle Franco”, afirmou o servidor.
O presidente do SINDCOP Gilson Pimentel Barreto lamentou a morte da vereadora. Segundo ele, todos os que lutam por melhorias sociais neste país, estão de luto pela morte de Meirelle.

O fórum foi criado em 2001. No último dia 13 o evento foi aberto com uma marcha pela cidade de Salvador. O evento tem como território principal o Campus de Ondina, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), além de outros locais da capital baiana, como o Parque do Abaeté, em Itapuã, e o Parque São Bartolomeu, no Subúrbio Ferroviário da cidade.
Cerca de 60 mil pessoas, de 120 países, estão reunidas para debater e definir novas alternativas e estratégias de enfrentamento ao neoliberalismo, aos golpes e genocídios que diversos países enfrentam na atualidade.
São mais de 1.500 coletivos, organizações e entidades cadastradas, e em torno de 1.300 atividades autogestionadas inscritas. Entre elas a ISP (Internacional de Serviços Públicos) a qual o SINDCOP é filiado.
Toas às atividades do evento estão paralisadas por causa da morte da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros, no Rio de Janeiro.
A vereadora foi morta com quatro tiros na cabeça. Ela era graduada em Ciências Sociais pela PUC-Rio, que cursou como bolsista integral era mestre em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense(UFF).
Militava na defesa dos direitos humanos e contra ações violentas na favela foi impulsionada após a morte de uma amiga, vítima de bala perdida, durante um tiroteio envolvendo policiais e traficantes de drogas no Complexo da Maré, bairro onde Marielle nasceu e viveu.
Em 2006, integrou a equipe de campanha que elegeu Marcelo Freixo à ALERJ. Com a posse de Freixo, foi nomeada assessora parlamentar do deputado. Anos depois assumiu a coordenação da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Em 2016, sua primeira disputa eleitoral, foi eleita vereadora na capital fluminense pela coligação Mudar é possível, formada pelo PSOL e pelo PCB. Com mais de 46 mil votos, foi a quinta candidata mais votada na cidade.

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