Inês Ferreira
Membros do ISP (Internacional de Serviços Públicos) do Cone Sul irão tentar colocar o Brasil na lista de países que serão analisados, na reunião da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que ocorrerá em Genebra, no próximo mês de julho. O objetivo dos sindicalistas é chamar a atenção do mundo para o golpe contra a democracia que foi praticado no Brasil e também para a prisão do presidente Lula, considerado um líder político nacional.
A decisão foi aprovada em plenária por sindicalistas de diversos países e que representam diversos setores de serviços públicos.
Segundo sindicalistas, o Brasil não pode entrar na lista dos 25 países que serão analisados na reunião da OIT, porque o Banco Mundial vem usando a Reforma Trabalhista como exemplo positivo para outros países. Esse posicionamento levou os sindicalistas a afirmarem que o “Brasil se tornou um laboratório do mal”.
Por esse motivo e devido a importância que o país tem para o Cone Sul, os sindicalistas que participarão da reunião decidiram fazer um manifesto em favor do Brasil.
Durante os debates da tarde de hoje (8) da Reunião do Comitê Nacional Coordenador da Internacional de Serviços Públicos (ISP), que está ocorrendo em São Paulo, muitos dirigentes sindicais denunciaram o aumento da pobreza no Brasil.
O presidente do SINDCOP, Gilson Pimentel Barreto, participa do evento junto com o diretor sindical Eduardo Piotto.
Conforme os depoimentos de dirigentes estrangeiros que participam do evento, o aumento da pobreza no país é evidente, bem como a explosão da pobreza e a concentração de renda nas mãos de poucos. Tudo isso requer um “plano” para mudar essa situação.
O fato dos donos das riquezas estarem no poder, controlarem diversos segmentos da sociedade, explorarem os trabalhadores e precarizarem os serviços públicos torna urgente ações que possam rever esse quadro, e, no caso do Brasil, recuperar a democracia.
As ações do atual governo brasileiro foram chamadas diversas vezes de “golpe de estado branco”.
Também foi debatido o reflexo da financeirização e a precarização dos serviços públicos e a implementação de tratados de livre comércio, como o TISA.