CAMPANHA SALARIAL

Em 2017 a luta continua

Unidade, solidariedade e coragem. Esses foram os sentimentos demonstrados pelos servidores penitenciários que participaram da mobilização pela Campanha Salarial, no último dia 30 de novembro, em São Paulo. O manifesto, organizado por três entidades que representam os servidores, entre elas o SINDCOP, foi um marco na luta por melhores condições de trabalho.

Muitos servidores viajaram mais de 600 quilômetros para se unir a outros de várias regiões do Estado, na sede do Sifuspespe, em Santana, onde começou a mobilização.

De lá, os servidores foram para a ALESP (Assembleia Legislativa de São Paulo), onde com faixa e cartazes percorreram os corredores da assembleia até conquistar a atenção da imprensa, que cobria a CPI da Merenda Escolar.

Jornalistas de vários meios de comunicação ouviram as reivindicações dos representantes da categoria.

Em seguida, os servidores foram para a portaria da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), localizada em Santana.

Minutos antes da chegada dos servidores, o secretario estadual da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, foi visto fumando um cigarro na portaria da secretaria.

Porém, depois da chegada os servidores ele não saiu de seu gabinete, onde permaneceu isolado por seguranças.

A manifestação foi pacifica. Os servidores aproveitaram o carro de som cedido pela Central Sindical e deram seu recado ao secretário.

“Foi apenas um começo. A luta continua em 2017 e outras manifestações ocorrerão. Temos certeza que o secretário ouviu nossas reivindicações de seu gabinete. Valeu a pena o esforço”, disse o servidor Eduardo Blasques, diretor do SINDCOP.

Campanha Salarial Unificada

A manifestação foi contra a política de não negociação do governador Geraldo Alckmin com a categoria e por melhores condições de trabalho dentro das unidades prisionais. 

Os funcionários estão sem reajuste salarial desde 2014 e sofrem com agressões, assédio moral e desvios de função no ambiente de trabalho.

O protesto foi aprovado em assembleias conjuntas do SINDCOP, SIFUSPESP e do SINDESPE e faz parte das estratégias da Campanha Salarial Unificada 2016.

Entre as principais demandas dos trabalhadores estão o fim do déficit de servidores e da superlotação das unidades; a adoção da Operação Legalidade, para combater os desvios de função; e pelo fim das agressões contra servidores por parte dos detentos.

Os servidores também reivindicam a reposição salarial com base na inflação dos últimos dois anos – o último reajuste aconteceu em 2014 – e por remuneração de acordo com os riscos do trabalho no sistema prisional.

 

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