CAMPANHA SALARIAL

Servidores de todo o Estado já confirmaram presença

Servidores do sistema penitenciário paulista participam no próximo dia 30 de novembro, quarta-feira, em São Paulo, de um ato público contra o governador Geraldo Alckmin. Os servidores irão protestar contra a falta de abertura nas negociações da Campanha Salarial e o descaso do governo com as reivindicações da categoria.

Os servidores penitenciários estão sem reajuste salarial desde 2014. O governo se recusa a sentar para negociar a pauta de reivindicações da categoria, que foi elaborada por três sindicatos (SINDCOP, SIFUSPESP e SINDESP) que representam os servidores, em assembleias realizadas em quatro regiões do estado (Presidente Prudente, Bauru, Campinas e São Paulo).

Eles reivindicam a reposição das perdas salarias desde 2014, melhores condições de trabalho dentro das unidades, fim do desvio de função, providências para acabar com as agressões físicas sofridas por agentes e também medidas contra a hiperlotação das unidades prisionais.

Atualmente o sistema penitenciário tem um déficit de mais de 12 mil funcionários. As unidades prisionais estão hiperlotadas com cerca de 100 mil detentos a mais que suas capacidades. Para atender essa demanda os servidores são obrigados a praticar desvios de funções, além de se tornarem alvos fáceis de detentos que aproveitam a fragilidade do sistema para agredir fisicamente os agentes. Só este ano foi registrado mais de 40 casos de agressões contra servidores.

“Não podemos aceitar as desculpas do governo. Como qualquer outro trabalhador temos direito a reposição das perdas salariais e o direito de negociar melhorias para o nosso ambiente de trabalho. Estamos pagando o descaso do governo com nossas vidas. A segurança da sociedade depende do nosso trabalho. No entanto, o governo nos ignora e se recusa a negociar com as entidades sindicais”, disse Gilson Pimentel Barreto, presidente do SINDCOP. 

Para o presidente do SIFUSPESP, João Rinaldo Machado, o ato será fundamental para demonstrar a união dos trabalhadores do sistema prisional.

 “Precisamos conquistar mais direitos para o conjunto dos servidores, que no dia a dia do trabalho sofrem com a deterioração da sua saúde física e psíquica e com uma série de ameaças à sua vida. Além de um salário digno e compatível com os riscos da função, temos de denunciar o descaso do Estado de São Paulo com a nossa categoria”, afirma Machado.

Unidade

Numa atitude inédita, os três sindicatos que representam os servidores decidiram se unir para lutar pela Campanha Salarial Unificada e promover uma grande mobilização para chamar a atenção de Geraldo Alckmin. O local do protesto, definido pelas três entidades, só será informado minutos antes do ato, para que não haja represálias por parte do governo.

O ato contará com a participação de Agentes de Segurança Penitenciária, Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária, oficiais administrativos e operacionais.

A organização do ato está sendo feito pelo SINDCOP, SIFUSPESP o SINDESPE que  estão colocando ônibus e vans para que servidores do interior e da Capital participam do protesto.

Os servidores se concentrarão na sede do SIFUSPESP em São Paulo, que fica na rua Leite de Morais, 366, em Santana, na zona norte da Capital, a partir das 7 horas. 

Serviço 

Informações sobre a manifestação:

 – no  Facebook,

link: https://www.facebook.com/events/713360478816157/, ou pelo site www.sifuspesp.org.br

– no Whattsapp

Grupo Manifestação São Paulo link: https://chat.whatsapp.com/invite/9rJgzXV5NKA2uE1S3yOvAX

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