Servidores entregaram documento para presidente da Alesp
Diretores do SINDCOP junto com 17 servidores do sistema penitenciário de Bauru e região participaram hoje, 13, do Movimento Unificado contra a PLP 257/16, na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). A mobilização reuniu dirigentes sindicais de diversas entidades que representam servidores públicos. No final do encontro, os sindicalistas foram recebidos pelo presidente da Alesp, Fernando Capez a quem entregaram um documento com argumentos contra o PLP 257/16.
O PLP 257/16 é um projeto da Presidência da República que tem por objetivo negociar as dividas de Estados com a União. No entanto, para que ocorra a negociação o projeto prevê congelamento de salários de servidores públicos, proibição de concursos públicos, cortes de benefícios de servidores, além de outras medidas prejudiciais aos serviços públicos.
O evento realizado na Alesp foi organizado pelo Sindalesp (Sindicato dos Servidores da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), Nova Central, FESSP- ESP (Federação dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo) e (CSPB) Confederação dos Servidores Públicos do Brasil. O encontro contou com a participação de representantes de várias centrais sindicais.
O SINDCOP levou um micro-ônibus com servidores para participar do evento. Também estavam presentes, o presidente e o vice-presidente da entidade Gílson Pimentel Barreto e Carlos Neves, respectivamente, o diretor Carlos Roberto Romacho e os advogados José Marques e Wesley Gimenes.
A coordenação do evento ficou por conta do presidente da FESSP, Lineu Neves Mazano, que concedeu a palavra para todos os dirigentes de centrais, sindicatos e associações.
Os dirigentes usaram a tribuna da sala Paulo Kobayashi para fazer duras criticas ao governo, principalmente o estadual.
“Esta é uma luta nossa, dos servidores públicos. Sabemos do quadro que se encontra o país, mas não podemos aceitar o PLP 257/16, com toda sua perversidade. O projeto é unificação de governos e uma afronta a gestão pública. Além disso, congela as negociações de quase um milhão de servidores”, afirmou Lineu.
As criticas ao projeto prosseguiram. A presidente do Sindalesp, Desirée Sépe De Marco, além de criticar o projeto criticou duramente a mídia, que segunda ela, são contra os servidores há décadas.
O vice-presidente do SINDCOP, Carlos Neves, fez um relato sobre a situação do sistema prisional paulista e ressaltou os reflexos da superlotação no trabalho dos servidores e no sucateamento do sistema. Segundo ele, a intenção do governo é sucatear para terceirizar o sistema e o projeto é um dos caminhos para que isso ocorra.
A terceirização foi um dos temas mais debatidos durante o encontro. Vários setores públicos denunciaram que o governo do Estado de São Paulo tem a intenção de promover a terceirização de serviços essenciais do Estado.
Leia documento produzido no encontro