Lourival Gomes afirma que vai recuperar CPP 3, diz coordenad
“Os prédios do CPP 3, antigo IPA, serão reconstruídos. Não vamos desativar essa unidade prisional. Vamos reconstruir tudo o que foi destruído. Essa também é a vontade do secretário da Administração Penitenciária Lourival Gomes”.
A afirmação foi feita na noite de ontem pelo do coordenador de Unidades Prisionais da Região Noroeste (CRN) do Estado de São Paulo, Carlos Alberto Ferreira de Souza, durante uma conversa com diretores do SINDCOP. O coordenador ainda disse que vai aguardar um laudo dos prédios para dimensionar o grau dos estragos, mas que acredita que será possível reconstruí-los.
Durante a conversa, o presidente do SINDCOP Gilson Pimentel Barreto manifestou a preocupação com os cerca de 200 servidores que trabalham no CPP 3. O presidente disse ao coordenador que já esta agendando uma reunião com os servidores para discutir o futuro do CPP 3.
O coordenador afirmou que em contato com Lourival Gomes, ouviu do secretário que ele tem carta branca para fazer tudo o que for possível para recuperar a unidade prisional. Segundo ele, os servidores podem ficar tranquilos porque a unidade não será desativada.
Por volta das 20h de terça-feira, servidores ainda trabalhavam na unidade fazendo a transferência de detentos para unidades prisionais da região. Ficaram no CPP 3 cerca de 600 presos. Eles foram alojados num dos prédios que não chegou ser destruído pelo incêndio durante o motim.
No local, onde antes era um espaço para a visita dos presos, funcionários da SAP iniciaram obras de adequação, logo após o motim ter sido controlado. Foram colocados grades nas portas e janelas dos cômodos que se transformaram em celas.
A transferência dos presos foi rápida e contou com a colaboração do GIR (Grupo de Intervenção Rápida). Soldados das polícias civil e militar permaneceram no local, junto com seus respectivos comandos.
Servidores que estavam de folga e de outros plantões foram até o CPP 3 para ajudar nos trabalhos. O coordenador elogiou o empenho dos servidores. Segundo ele, se não fosse à ação rápida dos agentes penitenciários o número de evasão poderia ter sido maior e as consequências muito piores.