O Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciár
O Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista – SINDCOP presta condolências à família de mais um servidor morto neste domingo.
O agente de escolta e Vigilância Penitenciária José Henrique Gasbarra foi encontrado morto a tiros de arma de fogo,na torre2 da unidade Penitenciária de Getulina. Há indícios de suicídio, que está sendo investigado pela polícia. José Henrique vinha enfrentando problemas depressivos nos últimos meses. Mais um companheiro que encontrou na morte a única saída por conta da falta de comprometimento do governo junto aos trabalhadores do sistema prisional.
Não conseguiu um tratamento adequado e sem poder estender sua licença médica, foi obrigado a retomar suas atividades, mesmo com problemas psicológicos. O Sindcop se solidariza com os familiares do companheiro e deseja que Deus conforte os corações da família e de amigos.
Assassinatos, suicídios por falta de programas de atendimento a saúde, superlotação dos presídios, falta de funcionários e o Governo nada faz, nosso sangue esta nas mãos do Governo.
Esse é mais um dos problemas vividos pelos servidores na profissão que é considerada a segunda mais estressante, com grande desgaste psicológico, adoecem e não tem nenhum tipo de amparo e muitas vezes acabam com suas vidas deixando apenas um rastro de um cidadão abandonado por um Estado omisso.
Essa omissão se da por uma Lei para tratamento de saúde, já editada para o servidor, mas não regulamentada.
Tentando mascarar essa deficiência o Governo realizou alguns programas de saúde ao servidor, uns nunca saíram do papel outros não funcionam ou não abrange todo Estado.
Outro agravante importante são as licenças psiquiátricas negadas ou reduzidas pelo Departamento de Pericias Medicas do Estado.
Peritos contra os diagnósticos dos médicos que acompanham ou dão tratamento ao servidor, ou seja, avaliam naquele momento que o paciente pode voltar a trabalhar.
O Sindcop vem alertando sobre o problema há tempos, publicamos um levantamento feito pela assessoria de imprensa que mostra a gravidade do problema.
Somente em 2013 o SINDCOP atendeu 576 pessoas durante todo o ano. Em 2014 os registros de atendimentos psicológicos apresentaram um aumento significativo com um total de 864 consultas durante o ano.
Neste ano não está sendo diferente, nos primeiros 4 meses do ano foram atendidos pelo menos 304 pessoas, entre servidores e dependentes.
Segundo a psicóloga Vania Regina Pereira de Souza o aumento dos registros de terapia mostra a grande problemática nas unidades prisionais, que acaba atingindo de forma direta os servidores e seus familiares.
É necessário que os servidores tenham consciência da importância do tratamento: “O servidor penitenciário que passa por esse tipo de problema precisa ficar atento para o tratamento, por que o ambiente em que eles atuam é carregado, e psicologicamente fica difícil para o andamento dos seus afazeres profissionais.”
Os principais problemas enfrentados pelos agentes relacionados ao sistema são sintomas depressivos, síndrome do pânico e até mesmo o desenvolvimento de outras doenças psiquiátricas.
O Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista – SINDCOP oferece tratamento psicológico com terapia ocupacional não só para os servidores, mas também para os familiares desses homens que vivem sob pressão e em ambientes insalubres e sem estrutura.