REIVINDICAÇÃO

Diretores do sindicato ouviram reivindicações da categoria

Na tarde da última segunda-feira (20), diretores do SINDCOP estiveram em reunião com servidores do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) “Professor Ataliba Nogueira”, em Campinas. Na ocasião servidores falaram sobre a insatisfação com a falta de estrutura do local e com o número reduzido de funcionários.

Unidade de regime semiaberto, o CPP Ataliba Nogueira foi inaugurado em 1986 para uma população de 500 presos. De acordo com os funcionários da unidade, de lá pra cá nada da estrutura foi mudada. Segundo dados da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a capacidade do CPP é de 1.446 para uma população prisional de 2.384.

Junto com os servidores, a diretoria do SINDCOP também participou de uma reunião com Jean Ulisses Campos Carlucci, Coordenador das Unidades Prisionais da Região Central do Estado de São Paulo. 

Informações dos funcionários dessa unidade dão conta de que os plantões estão sendo realizados com a presença de pouco mais de 20 servidores. Além da falta de pessoal, também é motivo de indignação coletiva os problemas estruturais da unidade.

A revista de presos e visitantes, segundo os servidores, é feita no setor da portaria, sem um local adequado e de maneira “improvisada”.

Faltam viaturas fechadas e ambulância – o que faz os funcionários terem contato direto com doenças infectocontagiosas, ao acompanharem presos aos hospitais. 

Além disso, a falta de água é outro problema antigo. Pelo menos desde o início de 2016 os funcionários relatam dificuldades no abastecimento, pois os poços existentes não suportam a demanda da população carcerária.

 Ainda sobre a defasagem de funcionários, existem problemas administrativos que dificultam o funcionamento da unidade. O quadro de funcionários possui servidores que estão há mais de dois anos sem trabalhar, aguardando aposentadoria. 

Há também funcionários constantes no quadro que estão prestando serviços em outros locais. São obrigados, por exemplo, a fazer escolta do Fórum para presos de outras unidades, como os CDPs do complexo.

O conteúdo das reivindicações será encaminhado ao próprio coordenador, por meio de ofício.

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