Audiência aconteceu na ultima quarta feira
Matéria Sindcop com dados da Agencia de Notícias da Alesp
O Sindcop participou, nesta quarta (18/11), do 12º Encontro Estadual da CCM Iamspe – “Em defesa do Iamspe: patrimônio do servidor público”.
O encontro teve o objetivo de debater a atual situação do instituto e novidades para 2016, com fortalecimento dos grupos para discussão de propostas.
A iniciativa é da Frente Parlamentar em Defesa do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe), coordenada pelo deputado Marcos Martins (PT), em conjunto com a Comissão Consultiva Mista (CCM) do Iamspe e entidades do sistema público.
Estiveram presentes na ocasião, representando o SINDCOP Carlos Roberto Romacho do Conselho fiscal, Maria Alice Acosta, que representa a diretoria de saúde da entidade, e José Mauro Vicente colaborador do Sindcop .
A Agencia de notícias da Alesp, informou que durante a audiência publica Sylvio Micelli, presidente da CCM do Iamspe, destacou o momento político complicado que passa o Brasil atualmente, também sobre a paralisação das obras do
Hospital do Servidor Público e problemas com contratos e convênios, como as principais dificuldades a serem enfrentadas.
Micelli ainda citou a má qualidade da condução das políticas do governo do Estado em relação ao funcionalismo público. E disse que o foco neste momento é a luta na Assembleia Legislativa que aprova todo orçamento do Estado.
O presidente da CCM disse, ainda, que considera incompreensível a razão pela qual o governo do Estado não repassa os 2% de sua contrapartida ao Iamspe: “Não é possível que num Orçamento de R$ 204 bilhões, o governo não possa repassar R$ 750 milhões ao Instituto”, opinou.
O deputado Marcos Martins disse durante a audiência que tem cobrado mais recursos para o Iamspe, os quais considera fundamentais para as melhorias necessárias.
Já o superintendente do Iamspe, Latif Abraão Junior, afirmou que o governo do Estado passou a conceder um aporte regular ao instituto, com o qual é mantida a rede credenciada.
“Não deixei que esta verba fosse investida no Hospital do Servidor Público, que hoje responde por apenas 35% da assistência”, explicou. De acordo com Abraão Junior, em 2015 foram realizadas 3,2 milhões de consultas, 11,6 milhões de exames, 100 mil internações e 37 mil cirurgias no instituto, além de terem sido retomadas as obras do hospital.
A luta pelos 2% é importante, observou o superintendente, mas muito se tem feito com a verba existente. “É preciso olhar para o Iamspe com mais carinho”, observou, ao criticar a atuação das associações de funcionários que, segundo ele, atacam indiscriminadamente o instituto. Abraão Junior disse concordar que há muito a corrigir, especialmente nos locais em que a assistência não está bem concretizada.
O deputado Gil Lancaster (DEM) compareceu ao evento como presidente da Comissão de Saúde em exercício, uma vez que Celso Giglio (PSDB) está afastado por motivos de saúde. Informou ainda que a comissão votou emenda no valor de R$ 40 milhões para as obras do Iamspe e colocou-se à disposição para ajudar na luta por melhorias no instituto.
Na opinião de José Luiz Moreno Prado, primeiro vice-presidente da CCM do Iamspe, a contrapartida de 2% do governo, que não é repassada, seria o suficiente para normalizar o funcionamento do instituto. “Com esse dinheiro, acabaria a precariedade no atendimento”, destacou.
Geraldo Danzi Salvia Filho, diretor clínico do Hospital do Servidor, e Claudio Yamavaki, professor e sociólogo, membro da Comissão Municipal da CCM de Peruíbe, proferiram a palestra Contratos, Orçamento e Transparência: O que é importante saber”.
Demonstraram o avanço no Brasil na área de transparência em portais governamentais e não governamentais e ainda apresentaram um panorama explicativo da maneira como se configuram o orçamento e os contratos do Iamspe.
A Audiência Pública foi finalizada com a formação de grupos de trabalho a partir dos quais foram apresentadas propostas a serem colocadas em prática no ano de 2016.