AUDIÊNCIA PÚBLICA DO IAMSPE

Mais de 200 servidores públicos participam da audiência na


(Inês Ferreira)
Falta de vontade política. Essa foi apontada como a principal causa dos problemas de atendimento do Iamspe em Bauru e região, durante a audiência pública realizada na quarta-feira (28), na Câmara de Vereadores de Bauru. Participaram da audiência cerca de 200 servidores públicos e representantes de servidores de diversas entidades,entre elas do SINDCOP.
Cerca de 80 mil servidores públicos dependem do atendimento do Iamspe na região de Bauru. Eles estão sem atendimento há mais de três meses. Mesmo assim, continuam tendo descontado o valor do convênio de seus salários.

“A falta de vontade política está presente em todas as manifestações feitas sobre o Iamspe. É preciso comprometimento de vereadores e deputados, principalmente no momento de votar o orçamento do Estado, em dezembro. É preciso pressão e acompanhamento real do problema”, afirmou o presidente da CCM Sylvio Micelli.

Na mesa principal da audiência estavam o presidente da CCM (Comissão Consultiva Mista) de São Paulo, Sylvio Micelli, o vereador Paulo Eduardo de Souza, o coordenador do Ceama (Centro de Atendimento Médico Ambulatorial) de Bauru Alberto Segalla Júnior, o vice-presidente da Famesp (Fundação para o Desenvolvimento Médico Hospitalar), Antônio Rugolo Júnior e Silvia Zampieri Justo do Departamento de Convênios de Assistência Médica (DECAM) do Iamspe. A audiência foi convocada pelo vereador Paulo Eduardo de Souza.
Do SINDCOP participaram da audiência o diretor João Offerni Primo e a psicóloga Vânia Regina de Souza Pereira.

Cobranças
Durante a audiência foram feitas inúmeras cobranças a políticos e ao governo de Estado. O deputado estadual Pedro Tobias foi vaiado diversas vezes pelos servidores.
Servidores de diversas categorias reafirmaram o pedido para que o governo de uma contrapartida de 2% para o instituto, pediram também a descentralização dos serviços, a ampliação do atendimento para agregados como avós e outros parentes próximos, e a regularização do projeto de lei completar que obriga as organizações sociais de saúde a atender usuários do Iamspe.

Bauru
Eles também aproveitaram para denunciar a precariedade do atendimento em Bauru, que ocorre desde que o Iamspe encerrou o contrato com a Associação Hospitalar de Bauru, que garantia o atendimento de servidores públicos pelo Hospital de Base. Depois que o contrato foi encerrado os serviços passaram a ser prestados pelo Pronto Cor, mas o hospital foi vendido ao grupo São Lucas e o atendimento foi suspenso.
A esse respeito a representante do DECAM, Silvia Justo, afirmou que até o mês de setembro o problema estará resolvido.


Existe a expectativa do Iamspe assinar contrato com a Famesp. O vice-presidente da fundação disse que isso não ocorreu porque existe impedimentos jurídicos para a assinatura do contrato.

Vereadores


O vereador Raul Gonçalves Paula chegou a propor que se busque entendimentos com o Estado para que um anexo seja construído junto ao Hospital de Base, para solucionar tanto o problema do atendimento aos servidores como a demanda que hoje permanece no Pronto Socorro, sem conseguir vagas na rede hospitalar. Conforme Raul, este anexo pode oferecer mais cem vagas, parte ao funcionalismo e outra parte ao usuários do SUS.
Já o vereador Paulo Eduardo propôs que este hospital seja feito com a cessão do Manoel de Abreu pela Famesp ao Iamspe. O vice presidente da Famesp, consultado pelo parlamentar para saber se a Famesp abriria mão do Manoel de Abreu, respondeu que sim.
A vereadora Telma Gobbi insistiu que os servidores não devem se satisfazer com esmola. Para ela a situação só será resolvida com aporte financeiro, vontade política e gestão. E estas coisas, segundo Telma, só podem ser alcançadas mediante pressão política.

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