Mudanças no sistema prisional estão sendo debatidas na CDH do Senado

Mudanças no sistema prisional estão sendo debatidas na CDH

 Mudanças no sistema prisional estão sendo debatidas na CDH do Senado

Nesta segunda-feira (02), a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal está debatendo a situação do sistema prisional brasileiro. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 308/2004, que cria as polícias penitenciárias federal e estaduais, está entre os temas que devem ser debatidos. Os sindicatos dos servidores penitenciários defendem a matéria, porém, a proposta encontra oposição por entidades como a Pastoral Carcerária, entidade ligada à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).   A Pastoral defende que não há necessidade de criar mais um órgão policial para que se conquiste a regulamentação da carga horária, do salário e de melhores condições de trabalho para a categoria.  Reivindicações, estas, dos servidores do sistema prisional brasileiro consideradas importantes pela Pastoral.   Em carta enviada aos parlamentares, a Pastoral alega que o dever de custodiar é incompatível com o de investigar. De acordo com a entidade ligada à CCBB, o controle externo e a transparência em um sistema prisional que sofre de “problemas endêmicos de corrupção, violação de direitos e violência”, ficariam comprometidos com a instituição de uma polícia penitenciária.   O Diretor Segurança Publica e Defesa Social da CSPB,  Fernando Anunciação, alega que “o que se busca com essa PEC é uma regulamentação da função do servidor penitenciário. Queremos padronizar o serviço do sistema penitenciário para impedir que o crime organizado possa se organizar dentro das unidades penitenciárias. Nós precisamos ser inseridos na Constituição Federal. A PEC 308/2004 segue os moldes da Polícia Penal Italiana que conseguiu resolver os problemas nos sistema penitenciário naquele País. Caso não se consiga aprovar a polícia penitenciária, pretendemos criar um projeto substitutivo que possa atender às necessidades do sistema penitenciário brasileiro. Sou agente penitenciário há 20 e não tenho identidade funcional, as regras mudam de estado para estado. Não existem políticas públicas para o setor penitenciário, precisamos reverter esse quadro caótico afim de prestar um melhor serviço à sociedade, disse. Requerida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), a audiência reúne debatedores da Polícia militar; da Secretaria dos Direitos Humanos, da Federação Nacional dos Servidores Penitenciários, Federação Brasileira dos Servidores Penitenciarios; do Ministério da Justiça e da Pastoral Carcerária.

Notícias relacionadas

Lula e Lewandowski apresentam PEC da Segurança Pública a governadores

Comissão aprova projeto que cria banco de dados nacional de vitimização, suicídio e doenças psicológicas dos profissionais de segurança pública

Governo fixa valor máximo para pagamento de bônus por resultados