A reunião realizada na terça-feira (3/2) em São Paulo, en
A reunião realizada na terça-feira (3/2) em São Paulo, entre ministros e centrais sindicais, que era para ser um encontro produtivo e de pedido de desculpas por parte do governo, por ter editado Medidas Provisórias (MPs) que tornam mais rígido o acesso aos benefícios trabalhistas, entre eles o seguro-desemprego, pensão por morte, auxílio-doença, além de benefícios trabalhistas e previdenciários, terminou em clima de decepção. Parece que por teimosia ou arrogância, o Palácio do Planalto decidiu medir forças com os trabalhadores (as) ao insistir que suas medidas “corretivas” são necessárias e não podem ser alteradas. Esta posição irritou os representantes das seis centrais, que por unanimidade vão pedir apoios aos deputados em Brasília para derruba-las no Congresso.
“Imaginávamos que sairíamos com boas notícias para anunciá-las nas bases, só que infelizmente, a miopia da presidenta Dilma não lhe permite enxergar o obvio. Por isso vamos procurar deputados e senadores sensíveis ao nosso clamor para que rejeitem alterações nos benefícios trabalhistas. Neste caminho, acredito que teremos mais êxito”, afirmou José Calixto Ramos (Sr. Calixto), presidente Nacional da Nova Central. O ministro Miguel Rossetto ( Secretaria Geral de Presidência) até tentou minimizou o impasse ao dizer que serão organizadas comissões nas quais os sindicalistas poderão debater as MPs no Congresso. “Vamos criar espaços tripartites para que governo, centrais e parlamentares compartilhem opiniões sobre essas medidas”. Também estavam na reunião os ministros Nelson Barbosa (Planejamento) e Manoel Dias (Trabalho) Carlos Gabas (Previdência Social). “O tema não é esse (retroceder). O governo está aberto a discutir essa agenda”, desconversou Rossetto sobre, ao menos, mudar o texto das medidas. Havia uma sinalização do Palácio do Planalto para minimizar, ao menos, o acesso ao seguro-desemprego, mas isso não aconteceu.De acordo com Sr. Calixto, a Nova Central já deixou claro que a classe trabalhadora não arcará com os erros cometidos pelo governo e, lutará aguerridamente, para que direitos conquistados com suor e sangue não sejam alterados ou extintos, simplesmente para atender uma agenda de ajustes fiscais.
“As medidas anunciadas contrariam os princípios por nós defendidos e afetarão justamente os jovens ao ingressar no mercado de trabalho. Estamos unidos e dispostos para impedir que este fardo de retrocessos caia mais uma vez, sobre nossos ombros. É preciso que a Dilma e sua equipe aprendam respeitar os acordos firmados, e não pode transferir os ônus da crise econômica só para nós”, afirmou.