VISITA AO SINDCOP

Secretário estava acompanhado de todos os coordenadores de

SINDCOP recebeu a vista do secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes e de todos os coordenadores regionais de unidades prisionais do Estado. A visita não estava programada. O secretário estava em reunião com os coordenadores em Pirajuí, quando decidiu conhecer a entidade, no final da tarde da última sexta-feira.

Gomes estava acompanhado do Coordenador da Região Noroeste Carlos Alberto Ferreira de Souza, Jean Ulisses Campos Carlucci, Roberto Medina, Hugo Berni Neto, Luis Henrique Righeti, coordenados das regiões:  Central, Oeste, Metropolitana e do Vale do Paraíba, respectivamente.

Ele foi recepcionado pelo presidente do SINDCOP e da Febrasp, Gilson Pimentel Barreto, pelo vice-presidente e os diretores da entidade, Carlos Roberto Romacho, Fernando Gonçalves e João Offerni Primo, respectivamente.

Ao chegar à entidade, o secretário fez questão de cumprimentar o diretor João Offerni Primo a quem elogiou pela luta pela realizada em favor da categoria.

“Respeito muito este homem (João) e o admiro pela luta limpa que ele faz pela categoria. Ele (João) faz parte da história desta entidade”, disse o secretário.

Reunião em Pirajuí

Sobre sua passagem por Bauru, o secretário explicou que a SAP estabeleceu que as reuniões com as coordenadorias devem ser itinerantes para que haja maior aproximação com os coordenadores e os diretores.

“Descentralizamos as reuniões e aproveitamos a oportunidade para conhecer de perto as entidades que representam os servidores, como o SINDCOP”, afirmou.

Retrospectiva 

O secretário fez uma breve retrospectiva das ações da SAP em 2014, ressaltando que a pasta que representa é uma das mais difíceis do governo porque “lida com todos aqueles que s sociedade excluiu”. Porém, apesar das dificuldades ele disse que considera o trabalho “gratificante”.

“Temos 35.500 servidores valorosos. Agradeço cada funcionário pelos resultados positivos”, disse ele.

O secretário argumentou que todos culpam o sistema penitenciário e o governo pelos problemas no sistema prisional, porém se esquecem de perguntar se estas pessoas tinham mãe, vizinhos, escolas para os orientarem. 

“Claro que tinham. Mas todos aos segmentos falharam. A sociedade falhou. No entanto, a sociedade cobra para que elas sejam presas e não lutam para mudá-las. Temos as drogas que são os maiores problemas do Século e que leva muitas pessoas para prisão. Precisamos reorganizar a família que é o núcleo principal da sociedade”, afirmou.

Superlotação

O secretário também falou sobre a superlotação nas unidades e justificou que está cada dia mais difícil encontrar locais para a construção de novas unidades, principalmente por causa da resistência da própria sociedade.

“A sociedade quer que prenda todos os que causam o mal, mas não quer que construa prisões”, disse ele.

Mensalão

Gomes se recusou a falar sobre as criticas do sistema prisional que tomou conta da mídia por causa da prisão dos mensaleiros. No entanto observou que nenhum preso tem mais direito do que outro e que, ao contrário do que foi divulgado, São Paulo tem vagas para receber presos no regime semi aberto.

Metas 2014 – Redução de classes e escolta

Entre as metas da SAP para 2014 o secretário falou sobre a possibilidade de reduzir de oito para seis as classes de ASP e também aproximar os vencimentos dos ASPs ao dos AEVPs. 

“O ASP chega ao último nível com 33 anos e o AEVP com 22. Nossa meta é adequar esse quadro”, disse o secretário.

 Ele também disse que a SAP pretende repor servidores onde estiver faltando, tanto ASP como AEVP.

Sobre a escolta de presos que passará a ser feita apenas por AEVPs, ele disse que a mudança será gradativa. Primeiro será implementada a escolta na região Metropolitana, depois na região Central, Vele do Paraíba, Litoral, Noroeste e Oeste, sucessivamente.

“Na região metropolitana mil AEVPs estão sendo preparados para fazer a escolta de presos. Vamos dispor de 106 viaturas modelo Hailux. Antes de começar os AEVPs passarão por treinamento e durante 45 dias serão acompanhados por policiais militares, se for necessário esse prazo será prolongado. Mesmo com os AEVPs fazendo a escolta não vamos dispensar 100% o trabalho da PM, da Rota, da Rodoviária e da Polícia de Inteligência. Também, em algumas escoltas não abriremos mão do helicóptero da PM”, disse ele.

Desativação do IPA

Sobre a polemica que envolve a desativação do IPA, mais uma vez o secretário afirmou que sua função não é a de desativar prisões, mas a de ativar.

“O pedido é justo, mas não tenho onde colocar os presos e também não queremos movimentar família dos funcionários”, afirmou.

Veja as fotos da visita do secretário

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