Carlos Vítolo
Da Redação – SINDCOP
Diretores do Sindcop participaram do I Encontro das Servidoras e dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, realizado pela Frente Paulista em Defesa do Serviço Público. O evento ocorreu na sede do Centro do Professorado Paulista (CPP), de forma virtual e presencial, nos últimos dias 23 e 24. Estiveram presentes os diretores Carlos Neves, Carlos Roberto Romacho e José Claudio de Souza.
De acordo com o secretário do Sindcop, Carlos Neves, o encontro contou com a participação de 166 pessoas presenciais, 429 virtualmente e mais de 90 entidades de servidores. “No primeiro dia tivemos uma palestra com o responsável pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), sobre os funcionários públicos e o panorama político, tanto estadual como federal. A tarde tivemos as mesas de trabalho, que trabalharam com todos os temas, procurando pontos comuns. As especificidades serão trabalhadas à parte pelas entidades, mas, com os pontos comuns, será elaborado um documento e um plano de trabalho junto ao governo de São Paulo”, explicou Neves.
O diretor disse que, no segundo dia de trabalho, foram feitas apresentações dos resultados pelos relatores dos grupos de todas as categorias de servidores do Estado. O diretor destacou que o encontro serviu para formular os problemas de cada categoria, elaborar um documento com propostas comuns a todas as entidades sindicais e levar ao governo para abrir mesas permanentes de negociação entre todos os servidores públicos.
“As mesas de negociação deverão discutir todos os problemas dos servidores, como, data-base, perdas salarias dos últimos anos, concursos públicos, problemas relacionados ao Iamspe, como a criação de um conselho deliberativo e fiscal, e que o governo entre com sua contrapartida, que sejam cessados efeitos do PL 173/2020, que congelou a contagem de tempo para benefícios temporais dos servidores públicos (já resolvidos para os servidores da segurança pública e saúde), lutas contra a terceirização, cobrar transparência da Previdência, revogação da reforma previdenciária, principalmente na questão das mulheres, que foram as mais prejudicadas, devolução do confisco dos aposentados, não à reforma administrativa e a revogação da reforma administrativa anterior”, disse Neves.
Ele também destacou a questão das atividades insalúbres, entre outras. “Qualquer problema que traga ao servidor, que tenha agentes perigosos, que causem problemas físicos, psicológicos, aparelhos de emissão de radiação ionizante. Criminalização do assédio moral, sexual, institucional. Que o governo não faça mais cortes no orçamento, já que no início do ano o governo sempre corta 30% ou mais, e isso acaba atrapalhando o serviço público e os servidores. Dizer não ao subsídio, tentar entender prós e contras desses subsídios que o governo quer implantar. Como fica a jornada noturna? Como fica a insalubridade? Como fica o quinquênio? Como fica a sexta-parte? Como ficam aposentados e pensionistas?”, questionou Neves.
Para o presidente da Fessp-Esp, do Sispesp e um dos coordenadores da Frente, Lineu Mazano, o encontro teve a missão de debater temas relevantes ao funcionalismo e definir estratégias de luta conjunta em 2023. Ele também destacou a importância da organização sindical, associativa e o fortalecimento das entidades em defesa permanente dos servidores públicos.