O documento foi entregue pela Frente Paulista em Defesa do Serviço Público e o Sindcop apontará junto ao governo as reivindicações dos trabalhadores do sistema prisional
Carlos Vítolo
Da Redação – SINDCOP
O Sindcop participou no Palácio dos Bandeirantes da entrega do documento protocolado junto ao governo de São Paulo pela Frente Paulista em Defesa do Serviço Público. Líderes de cerca de 20 entidades do serviço público participaram da entrega do documento nesta segunda-feira (17) e o Sindcop foi representado pelo secretário, Carlos Neves.
De acordo com o diretor do Sindcop, o documento pede reunião com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a Casa Civil, com o objetivo de iniciar a abertura de uma mesa de negociação, bem como, para que o governador possa receber os pleitos dos trabalhadores das secretarias, além de tratar de remuneração e aumento salarial.
“As mesas de negociação deverão discutir todos os problemas dos servidores, como, data-base, perdas salarias dos últimos anos, concursos públicos, problemas relacionados ao Iamspe, como a criação de um conselho deliberativo e fiscal, e que o governo entre com sua contrapartida, que sejam cessados efeitos do PL 173/2020, que congelou a contagem de tempo para benefícios temporais dos servidores públicos (já resolvidos para os servidores da segurança pública e saúde), lutas contra a terceirização, cobrar transparência da Previdência, revogação da reforma previdenciária, principalmente na questão das mulheres, que foram as mais prejudicadas, devolução do confisco dos aposentados, não à reforma administrativa e a revogação da reforma administrativa anterior”, disse o diretor do Sindcop.
O documento protocolado numera inicialmente 20 reivindicações com as demandas comuns, unificadas, das diversas categorias do funcionalismo público estadual. Vale destacar, que as entidades apresentarão ao governo as reivindicações específicas das categorias, cabendo ao Sindcop as demandas dos trabalhadores do sistema prisional.
Conforme o diretor do Sindcop, até o momento, o governador não atendeu nenhuma entidade representativa dos trabalhadores de nenhuma secretaria ou autarquia do Estado de São Paulo. “Lembrando que, durante a campanha eleitoral, ele fez diversas promessas de que via com bons olhos a reposição salarial ou o aumento salarial de todas as categorias do Estado, coisa que ele não está cumprindo, pois já estamos no quarto mês de 2023. Até o momento não sinalizou para nenhuma categoria se vai ter aumento e quando vai ter aumento. Mas aguardamos que, nos próximos dias, esse ofício da Frente Paulista do Serviço Público seja atendido e que o sindicato possa levar os pleitos dos trabalhadores do sistema penitenciário paulista”, finalizou Neves.
No último dia 1º de março, diretores do Sindcop participaram do I Encontro das Servidoras e dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, realizado pela Frente Paulista em Defesa do Serviço Público, que contou com a participação de 166 pessoas presenciais, 429 virtualmente e mais de 90 entidades de servidores.
O encontro serviu para formular os problemas de cada categoria e elaborar o documento que ontem foi protocolado junto ao governo de São Paulo.
Para o presidente da Fessp-Esp, do Sispesp e um dos coordenadores da Frente, Lineu Mazano, o encontro teve a missão de debater temas relevantes ao funcionalismo e definir estratégias de luta conjunta em 2023. Ele também destacou a importância da organização sindical, associativa e o fortalecimento das entidades em defesa permanente dos servidores públicos.