Presidente do SITSESP fala na Rádio Sindcop sobreprivatização da Fundação Casa

Governo aponta que serão elaborados estudos para avaliar a viabilidade do projeto e trabalhadores se manifestam contra a proposta de PPP

Carlos Vítolo

Da Redação – SINDCOP

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) tem avançado na intenção de privatizar as unidades da Fundação CASA (Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) por meio de Parceria Público-Privada (PPP).

A medida foi chancelada durante a 40ª Reunião Conjunta Ordinária do Conselho Gestor do Programa de Parcerias Público-Privadas (CGPPP) e do Conselho Diretor do Programa de Desestatização (CDPED), presidido pelo vice-governador Felicio Ramuth. A reunião contou com a presença do governador e do secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini.

De acordo com o governo, com a qualificação, serão elaborados estudos para avaliar a viabilidade do projeto, além de serem levantados modelos de negócio para a estruturação da iniciativa.

Nesta quinta-feita (19), o programa Revista Nacional, da Rádio Sindcop, recebeu a presidente do SITSESP (Sindicato da Socioeducação de São Paulo), Claudia Maria, que falou sobre o tema. O presidente do Sindcop, Gilson Barreto, participou apenas do início do programa em virtude de uma reunião.

Na última segunda-feira (16), a líder sindical e funcionários da Fundação Casa participaram de uma audiência pública na Alesp, onde manifestaram de forma contrária à privatização proposta pelo governador.

Na entrevista à Rádio Sindcop, a presidente destacou que, na Alesp, o objetivo da audiência foi “discutir, trazer para os debates, clarear o que está acontecendo. Convidamos todos os deputados, infelizmente, vou dizer assim que a maioria não compareceu, mas tivemos um apoio dos parlamentares da oposição ao governo estadual nos ajudando. Nós não vamos aceitar mais nenhum tipo de privatização dentro desse estado de São Paulo”, disse.

A Fundação CASA pertence à Secretaria de Justiça e Cidadania e atende atualmente 4.976 jovens, de 12 a 21 anos, em 111 centros no estado, com a missão aplicar medidas socioeducativas de acordo com as diretrizes e normas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE).

Assista a entrevista na Rádio Sindcop

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