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Sindcop participa na Câmara dos Deputados de seminário para discutir auditoria da dívida pública e juros abusivos

Carlos Vítolo

Da Redação – SINDCOP

O Sindcop participou na Câmara dos Deputados do seminário realizado pela Frente Parlamentar da Auditoria Pública Cidadã. O evento discutiu a auditoria integral da dívida pública e o Sindcop foi representado pelo presidente, Gilson Pimentel Barreto.

O seminário foi mediado pela coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), Maria Lucia Fattorelli. Também contou com as participações do professor da ENCE-IBGE, UERJ e Mackenzie Rio, Miguel Bruno, professor da PUC-SP e consultor da ONU, Ladislau Dowbor, além da deputada da Frente Parlamentar, Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e do deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ).

A coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), agradeceu a todos que prestigiaram o evento. “Continuem acompanhando e divulgando as publicações da Auditoria Cidadã […]. Hoje vocês presenciaram a luta que foi para a gente realizar essa reunião, primeiro que nos deram o menor plenário, vocês viram aí, depois, a luta para conseguir cadeiras, a luta para conseguir transmissão. Então, a nossa vida não é nada fácil, nunca foi, há 23 anos de Auditoria Cidadã nunca foi fácil e não será, por todos esses interesses que estão por trás de quem está ganhando com o sistema da dívida”, disse Fattorelli.

De acordo com o professor Miguel Bruno, “o que se chama processo de financeirização das economias no mundo, sendo que no caso brasileiro, a financialização é mais perversa, porque os juros são extorzivos. A gente tem chamado de financialização na modalidade usurária, é que se trata exatamente de usura e o outro tema que é extremamente relacionado co-relacionado, que é da austeridade fiscal e todos os nomes que a gente conhece, ou seja, regras fiscais, consolidação fiscal e sim são temas que para a população que é leiga em macroeconomia em finanças públicas, ela acha que isso é muito razoável, porque o processo de, a gente pode usar esse termo de enganação, é muito grande porque a própria mídia, a grande mídia, o principal patrocinador é o setor bancário financeiro e o segundo o segundo maior é o Agro Business, o agronegócio, então assim são dois processos que ele se interconectam e eu coloquei como subtítulo aí uma simbiose antes de desenvolvimento porque é disso que se trata ou seja enquanto isso persistir o Brasil não se desenvolve porque é impossível o país se desenvolver porque basicamente para um país conseguir crescer e se desenvolver de maneira sustentável os recursos que são produzidos precisam ir para a esfera produtiva […], disse o professor da ENCE-IBGE, UERJ e Mackenzie Rio.

Para o consultor da ONU, Ladislau Dowbor, “o problema não é de onde vem o dinheiro, é para onde vai”. Ele destacou que “a taxa de juros apresentada para população ao mês, como as pessoas não sabem calcular o juro composto, e lembre do meu irmão que é politécnico que achava que juros de 2% ao mês é 24 ao ano, não é, vai para cerca de 27, certo, porque é juro composto, então, as pessoas não sabem calcular. Eu trabalhei em muitos países, eu nunca vi essa sem-vergonhice de apresentar juros ao mês, porque isso confunde as pessoas e reduz a capacidade das pessoas fazer a comparação internacional. Eu queria lembrar que a China tem um juro para empresa entre 3,5 e 4,5% ao ano, tira 2% de inflação, é uma taxa de 2,0 e 2,5%, esse é o nível e a China funciona e a China orienta o dinheiro dos bancos para investimento produtivo, ou seja, fomento e não extração”, disse.

Confira abaixo as falas de alguns dos participantes:

  • Maria Lucia Fattorelli
  • Professor Miguel Bruno – vídeo
  • Professor Ladislau Dowbor

Assista a íntegra do evento:

  • Leia o artigo de Ladislau Dowbor: “O dreno financeiro que paralisa o país: a farsa do déficit”.
  • Frente parlamentar – Boletim da Dívida Pública

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