Carlos Vítolo
Da Redação – SINDCOP
Diretores do Sindcop e servidores públicos de diversas instituições de representatividade de classe participaram de uma manifestação na última quinta-feira (25) para cobrar o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) sobre diversas melhorias ao instituto. O manifesto ocorreu em frente ao Ambulatório do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
O Sindcop foi representado pela diretora de Assuntos de Saúde, Maria Alice Acosta, e pelos diretores Carlos Roberto Romacho, Ricardo Leonel Carvalho e Eduardo Blasques Martins. A diretora de Assuntos de Saúde destacou que a pauta da mobilização cobrou os seguintes itens do governo e do Iamspe:
- O número de conselheiros paritário, entre servidores e gestores indicados pelo governo no Conselho Administrativo e Fiscal Deliberativo.
- Eleição para Superintendente do Iamspe;
- Valorização dos servidores;
- Concursos públicos para completar o quadro mínimo de servidores necessários para atendimento de qualidade ao usuário Iamspe no HSPE;
- Fortalecimento da rede Iamspe em todo o Estado;
- Contrapartida de 3% do governo estadual, investimento na assistência à saúde do funcionalismo público;
- Conservação do patrimônio público do Iamspe (governador aventou venda do prédio da administração do Iamspe).
A diretora do Sindcop explicou que a participação dos servidores e instituições foi muito boa. Ela lembrou também da importância da reivindicação do Projeto de Lei 52/2018, que transforma o Iamspe numa autarquia em regime especial, o que permitiria a participação do funcionalismo público nos Conselhos Administrativo e Fiscal. “A gente vai poder gerir os nossos recursos, pois o funcionalismo é quem sustenta o instituto e quem gere é o governo. Nós não temos participação na gerência. A comissão é simplesmente consultiva, não é deliberativa, nós queremos deliberar sobre a gestão do nosso capital, do nosso patrimônio”, disse.
Sobre a questão da venda do patrimônio público, vale ressaltar que, recentemente, um site desenvolvido pelo governo de São Paulo divulgou a venda de diversos prédios públicos, entre eles, o prédio do Iamspe. O prédio do Iamspe foi anunciado por R$ 926.082.300, segundo a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado (APqC). A página foi retirada do ar e quando acessada aparece “em manutenção”. (https://imoveis.sp.gov.br/imoveis)
Segundo o governo, a página “levou ao ar informações descontextualizadas”, e a gestão destaca que pretende vender “apenas parte” dos prédios, mas não disse quais.
Na semana passada, a reportagem do Sindcop entrou em contato com o instituto para buscar esclarecimento sobre as reclamações dos servidores. Em nota, o Iamspe informou que, sobre o leilão de venda dos imóveis públicos, “essa não é uma decisão do Iamspe, e que o próprio governo deve falar sobre a decisão. O Iamspe não comentou sobre a manifestação dos servidores e também não se manifestou sobre a contrapartida do governo para custeio do instituto. Somente os servidores contribuem.
O Iamspe disse à reportagem do Sindcop que solicitou a inclusão de novos médicos por meio de chamamento público para o quadro do HSPE e novos editais para ampliar os serviços de saúde no estado. Apontou ainda que, em 2023, houve um aumento de 20% no número de cirurgias no HSPE e 12% no número de consultas ambulatoriais, além de 60 novos convênios no estado.
Em relação às cirurgias, o Iamspe apontou que houve o credenciamento de mais dois hospitais para dar suporte às cirurgias eletivas do HSPE, no entanto, não informou quais os hospitais. Segundo a nota, o instituto está em tratativas com o Hospital AC Camargo para que os beneficiários tenham uma unidade de retaguarda para realizar pré-avaliação oncológica, linha de cuidados e tratamentos na instituição. A nota também destacou a troca de gestores e a criação de uma comissão gestora para administrar o contrato do PS do HSPE, para orientar e agilizar os encaminhamentos dos pacientes.
A reportagem do Sindcop vai continuar acompanhando as demandas dos servidores e cobrando esclarecimentos do instituto.