Campanha Outubro Rosa alerta para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama

Carlos Vítolo

Da Redação – SINDCOP

(com informações do INCA/Minis. da Saúde)

Fortalecer a prevenção, diagnóstico precoce, rastreamento da doença e divulgar informações sobre o câncer de mama, esse é o objetivo da campanha Outubro Rosa. A campanha também é uma oportunidade para falar sobre a saúde da mulher de forma mais ampla.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a campanha é um movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama e foi criado no início da década de 1990.

Neste ano, o tema da campanha Outubro Rosa no INCA é “Saúde da mulher: desafios e perspectivas para o controle do câncer”. Conforme o INCA, o câncer de mama é o tipo que mais acomete as mulheres no Brasil. Em 2024 são estimados no Brasil 73.610 novos casos de câncer de mama. A estimativa de risco é de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres, com maiores taxas de incidência e de mortalidade nas regiões Sul e Sudeste.

“A prevenção primária do câncer de mama consiste em reduzir os fatores de risco modificáveis e promover os fatores de proteção para a doença. A prática de atividade física, a manutenção do peso corporal adequado, por meio de uma alimentação saudável, e evitar o consumo de bebidas alcóolicas estão associadas à redução do risco de desenvolver câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor”, destaca o instituto.

Câncer de mama: como podemos nos proteger?

Segundo apontamento do INCA, os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

O desenvolvimento da doença entre as mulheres está relacionado a diversos fatores: envelhecimento, determinantes relacionados à vida reprodutiva da mulher, histórico familiar de câncer de mama, consumo de álcool, excesso de peso, atividade física insuficiente e exposição à radiação ionizante.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, o câncer de mama se caracteriza pela proliferação anormal, de forma rápida e desordenada, das células do tecido mamário. A doença se desenvolve em decorrência de alterações genéticas. Porém, isso não significa que os tumores da mama são sempre hereditários.

Um tumor pode ser benigno (não perigoso para a saúde) ou maligno (tem o potencial de ser perigoso). Os benignos não são considerados cancerígenos. Já os tumores malignos são cancerosos. Caso suas células não sejam controladas, podem crescer e invadir tecidos e órgãos vizinhos, eventualmente se espalhando para outras partes do corpo. O câncer de mama consiste em um tumor maligno que se desenvolve a partir de células da mama.

Segundo o Ministério da Saúde, para o tratamento de câncer de mama, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos. A Lei nº 12.732/2012, estabelece que o paciente com neoplasia maligna tem direito de se submeter ao primeiro tratamento no SUS, no prazo de até 60 dias a partir do dia em que for firmado o diagnóstico em laudo patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso.

Para que o prazo da lei seja garantido a todo usuário do SUS, é necessária uma parceria direta dos gestores locais, responsáveis pela organização dos fluxos de atenção. Estados e municípios possuem autonomia para organizar a rede de atenção oncológica e o tempo para realizar diagnóstico depende da organização e regulação desses serviços.

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