Nota de repúdio demonstra indignação da categoria dos policiais penais e ofício foi encaminhado aos secretários de Segurança Pública e da Administração Penitenciária
Carlos Vítolo
Da Redação – SINDCOP
O Sindcop manifestou repúdio e total indignação por declarações que teriam sido dadas pela cúpula da Polícia Militar do Estado de São Paulo, segundo apontou uma reportagem publicada pelo site Metrópoles, em 16/10/2024.
A reportagem trata de um manuscrito de uma facção criminosa, que foi interceptado na Penitenciária de Parelheiros, em São Paulo. Conforme a reportagem, a cúpula da PM não descarta que o salve seja obra de agentes penitenciários. PM não descarta que “salve do PCC” seja obra de agentes penitenciários
“A cúpula da PM também trabalha com a hipótese de que o documento tenha, na verdade, partido de sindicatos de agentes penitenciários”, diz o texto da reportagem.
Por meio de uma nota de repúdio, o Sindcop manifestou sua indignação com a declaração e encaminhou ofício aos secretários de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e da Administração Penitenciária, Marcello Streifinger, cobrando explicações sobre tais declarações que teriam sido dadas na reportagem.
“Como presidente desta instituição sindical, que representa os (as) policiais penais de SP, manifesto aqui nossa indignação e cobramos as devidas explicações de tais declarações irresponsáveis da chamada cúpula da Polícia Militar”, disse Gilson Barreto. “Querer imputar a sindicatos a inércia do poder de polícia do Estado, é no mínimo irresponsabilidade de tal cúpula que se manifestou na citada reportagem”, afirmou o presidente.
Leia abaixo a nota de repúdio e o ofício encaminhado aos secretários.
Sindcop repudia manifestação da cúpula da Polícia Militar de SP, que atribui hipótese de “salve” de facção, ter partido de sindicatos de agentes penitenciários
O Sindcop (Sindicato dos Policiais Penais do Sistema Penitenciário Paulista), vem a público, para repudiar a manifestação da cúpula da Polícia Militar do Estado de São Paulo, conforme reportagem publicada pelo site Metrópoles, em 16/10/2024.
A reportagem trata de um manuscrito interceptado na Penitenciária de Parelheiros, em São Paulo, e em outras unidades do sistema prisional, e que é atribuído à uma facção criminosa.
Conforme a reportagem PM não descarta que “salve do PCC” seja obra de agentes penitenciários, “a cúpula da PM também trabalha com a hipótese de que o documento tenha, na verdade, partido de sindicatos de agentes penitenciários”, descreve o texto.
O presidente do Sindcop, Gilson Pimentel Barreto, repudiou tal manifestação da cúpula da PM. “Nós repudiamos veementemente a manifestação da cúpula da Polícia Militar, uma vez que boa parte da cúpula da Polícia Militar está integrando a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) no seu comando. Querer imputar a sindicatos a inércia do poder de polícia do Estado, é no mínimo uma atitude irresponsável dos tais comandantes que se manifestaram nessa reportagem. O Sindicato dos Policiais Penais do Sistema Penitenciário Paulista, como um dos sindicatos da categoria no estado, repudia com todas as forças a manifestação dessa cúpula da Polícia Militar, em querer imputar ao sindicato uma situação que acontece há anos no Estado de São Paulo”.
Diante dos fatos, o Sindcop repudia tais manifestações e, via ofício, cobrou explicações do governo do Estado de São Paulo, dos secretários de Segurança Pública e da Administração Penitenciária.