Senasp abre pós-graduação de combate ao crime organizado e deixa Polícia Penal para concorrer somente às vagas remanescentes

Presidente do Sindcop diz que deixaram para os policiais penais do Brasil uma sobra do que outras polícias não vão se interessar.

Carlos Vítolo

Da Redação – SINDCOP

Por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), o Ministério da Justiça e Segurança Pública abriu inscrições para a pós-graduação em inteligência e inovação aplicadas no enfrentamento ao crime organizado.

As inscrições podem ser feitas até às 17h de 6 de fevereiro. No total são 250 vagas disponíveis em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

De acordo com o edital nº 001/2025/EGC/CTC/UFSC, o processo seletivo destinará vagas aos integrantes das corporações da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Técnico-Científica, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal.

Segundo o edital, policiais penais poderão concorrer às vagas remanescentes. “Integrantes das Guardas Municipais, das Polícias Penais Estaduais e da Polícia Penal Federal poderão concorrer às vagas remanescentes”, descreve.

Para o presidente do Sindcop, Gilson Barreto, faltou reconhecimento por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública ao deixar apenas as vagas remanescentes para a Polícia Penal. “Nós entendemos que, infelizmente, o órgão que tem mais capacidade de reconhecer e promover a isonomia entre as polícias, é o primeiro a não fazer isso, a promover um desmerecimento com a corporação Polícia Penal”, disse Barreto

O presidente do Sindcop destacou ainda que deixaram “para os policiais penais do Brasil uma sobra do que outras polícias não vão se interessar. Não vai ter efetivo, e aí o que sobrar fica para Polícia Penal”.

E finalizou: “Esperamos que em uma próxima vez isso seja corrigido e que se tenha direito de igualdade de vagas para todos os integrantes de todas as polícias do Brasil”.

De acordo com a diretora de Ensino e Pesquisa da Senasp, Michele dos Ramos, o curso é uma oportunidade estratégica para fortalecer a atuação dos profissionais no combate ao crime organizado. Segundo ela, proporcionar formação especializada para os agentes de segurança é uma prioridade para o governo federal. “Investir em educação e especialização para os profissionais da segurança pública é investir na proteção da sociedade”, disse.

Vale lembrar que, apesar de a diretora destacar que a formação especializada para os agentes de segurança é prioridade para o governo federal, os policiais penais ficaram apenas com as vagas remanescentes.