Carlos Vítolo
Da Redação – SINDCOP
Diretores do Sindcop estiveram reunidos na tarde de terça-feira (25) com o Diretor-Geral da Polícia Penal, Rodrigo Santos Andrade, e o Diretor-Geral Adjunto, Odirlei Arruda de Lima. A reunião havia sido solicitada desde o início do ano.
O Sindcop foi representado pelo presidente Gilson Barreto, e pelos diretores Fatima Regina Barbosa, Ana Campesi, Eliseu Carlota, Daniel Simonas, Carlos Romacho, Rodrigo Cavalcante e Donizete Rodrigues.

Nesta quarta-feira (26), Gilson Barreto participou do programa Revista Nacional, da Rádio Sindcop, e contou detalhes da reunião que ocorreu na sede da Polícia Penal.
“Foi uma reunião até longa, porque nós conversamos sobre vários assuntos. É um começo de negociação, porque conforme a gente já tinha dito aqui, essa da direção da Polícia Penal só está à frente há 40, 50 dias no máximo. Então, é uma polícia que precisa da reestruturação de vários setores. Não é um trabalho fácil”, disse Barreto.
O presidente disse ainda que o Sindcop tem recebido várias reclamações e denúncias dos filiados sobre situações que vem acontecendo, mas destacou também que a carreira está em fase de transição. “Nós sabemos dos nossos problemas, das nossas dificuldades, das deficiências, vai ser um trabalho árduo essa construção. Ela vai demandar ainda tempo, mas a gente vê no Diretor-geral a boa vontade de fazer, de construir, então a gente já fica satisfeito e temos aqui essa obrigação de ajudar a construir essa Polícia Penal, porque foi uma coisa que nasceu da luta classista”, explicou. “Temos que contribuir, cobrar no momento de cobrar, mas também aplaudir os acertos e a vontade de fazer”, destacou Barreto.
Na reunião com o Diretor-Geral da Polícia Penal, o Sindop apresentou a seguinte pauta de negociação:
1 – Reposição salarial de servidores Policiais Penais com vistas ao aprimoramento das atividades de Policiais Penais; utilizando o índice IPCA;
2 – Contratação de servidores Policiais Penais com vistas ao aprimoramento das atividades de Policiais Penais;
3 – Concessão do porte de arma funcional aos policiais penais que preencham os requisitos exigidos e se haverá treinamento;
4 – Confecção das Identidades Funcionais aos Policiais Penais;
5 – Escalas e ordens de serviços adequadas a presente realidade do baixo efetivo de policiais penais no interior das Unidades Prisionais, principalmente na área da carceragem, sobrecarregando àqueles servidores;
6 – A criação de protocolos de segurança (POP) nos estabelecimentos penais para assegurar aos policiais penais que trabalham no interior das Estabelecimentos Penais maior segurança e para que possam atuar e desenvolver suas atividades rotineiras com menos riscos à sua integridade física e psíquica;
7 – Capacitação e treinamento dos policiais penais – realizar reuniões e/ou cursos (presenciais) a nível das Coordenadorias Regionais;
8 – Reunião/curso a nível de coordenadorias com os policiais penais das unidades para oficializar a Polícia Penal e oferecer informações de interesse de todos;
9 – Apurar possível perseguição pela direção de algumas unidades prisionais com as servidoras que estão conseguindo na justiça a redução da jornada de trabalho para cuidar de seus filhos com Autismo ou portadores de deficiência. Estão lhes negando Folga SAP, DEJEP e um total desrespeito à Constituição Estadual não mais autorizando-as à saída antecipada;
É de se observar, conforme o DECRETO N° 69.228, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2024, que no Quadro dos Cargos em Comissão e das Funções de Confiança da SAP, está organizado em nada mais do que 1.592 cargos, dos quais destes, somente 117 é Função Privativa de Policial Penal, cristalino está o objetivo da nova gestão da Polícia Penal;
Na entrevista à Rádio Sindcop, o presidente Gilson Barreto explicou cada item da pauta de reivindicações e na sequência respondeu a diversas perguntas feitas pelos policiais penais que acompanharam a transmissão.
Confira abaixo a entrevista na íntegra.